• Carregando...

Em um dia marcado pela morte de 44 pessoas em dois atentados terroristas e pelo seqüestro de quatro europeus em Bagdá, o comando americano no Iraque anunciou nesta terça-feira a morte de mais oito soldados americanos em missão no país árabe e a prisão de um importante líder da Al-Qaeda e outros 13 membros da organização terrorista na capital iraquiana.

Segundo as autoridades militares dos EUA, os militares americanos teriam sido mortos em um ataque extremista realizado na segunda-feira na província de Diyala. Dois dos soldados mortos estavam em um helicóptero que caiu entre Baquba e Muqdadiya. Os pilotos teriam sido atingidos por tiros de pequeno calibre. Logo após a queda, o Exército acionou uma força especial para recuperar a aeronave abatida. Um dos veículos enviados para a região foi atingido por um bomba plantada na estrada. Na explosão, morreram 5 militares. Um outro veículo também foi alvejado, provocando a morte de mais um soldado.

Com essas mortes, sobe para 112 o número de militares americanos mortos no Iraque no mês de maio, um dos mais sangrentos para as forças americanas no país. Os meses mais trágicos para as tropas de Washington foram novembro e abril de 2004, com 137 e 135 mortes respectivamente. Desde o início da guerra, em março de 2003, 3.454 militares dos EUA morreram em serviço no Iraque, além de 7 civis contratados pelo Departamento de Defesa.

Nesta terça-feira, o comando americano no país também anunciou a prisão de um importante líder da Al-Qaeda e outros 13 membros da organização terrorista. Os 14 membros do braço iraquiano da Al-Qaeda foram capturados em diferentes regiões do Iraque. O chefe terrorista é o "emir" e chefe da Al-Qaeda para a área de Al-Yamea, no oeste da capital, detalhou o comando americano em comunicado. Ele não foi identificado e sua prisão foi feita junto com outros quatro membros do grupo em um edifício de Bagdá.

Os outros nove homens foram capturados em operações policiais realizadas em outras regiões do país, concluiu a nota. As prisões acontecem em meio aos planos de segurança colocados em prática no país em 14 de fevereiro, quando entrou em vigor, em Bagdá, o plano "Aplicamos a Lei" que é vigiado por cerca de 90 mil soldados americanos e iraquianos.

Entre os ataques registrados nesta terça-feira, no país, o mais grave aconteceu quando um microônibus carregado com explosivos causou a morte de 22 pessoas e feriu outras 50, segundo o canal de televisão saudita "Al Arabiya". O canal, que citou fontes governamentais, disse que o microônibus estava estacionado na praça de Tayaran, centro da capital, e que a explosão aconteceu quando havia um grande número de pessoas na rua.

No sudeste de Bagdá, a explosão de um carro-bomba em um mercado deixou outras 22 pessoas mortas e 60 feridas, informaram fontes policiais. As fontes explicaram que o mercado popular fica em Al Amel (de maioria xiita), um dos lugares que mais sofreu este tipo de ataque nos últimos meses. A explosão também causou danos em várias casas e lojas na região. Além disso, diversos veículos que estavam estacionados perto do local foram incendiados.

Em outro caso, quatro europeus foram seqüestrados em Bagdá por um grupo de insurgentes camuflados como as forças de elite do Ministério do Interior iraquiano, informaram fontes policiais. Segundo as fontes, seriam quatro alemães, embora o Governo alemão não tenha confirmado a informação, reforçando o rumor de que entre os seqüestrados estariam alguns britânicos, possibilidade que está sendo estudada em regime de "urgência" por Londres.

Os insurgentes instalaram um posto de controle falso e interceptaram o comboio onde os estrangeiros viajavam. O seqüestro ocorreu depois que os europeus deixaram um dos escritórios do Ministério das Finanças, onde trabalham no setor de informática realizando o treinamento dos funcionários iraquianos. O governo de Londres informou ques os estrangeiros seqüestrados são britânicos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]