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Ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, usa máscara em cerimônia militar| Foto: JHONN ZERPA/Palácio Miraflores/AFP

A Venezuela registrou nesta quarta-feira (12) 1.150 infectados pelo novo coronavírus, somando quase 30 mil casos de Covid-19 em todo o país. Foi o segundo dia consecutivo em que a ditadura de Nicolás Maduro anunciou mais de mil diagnósticos positivos para a doença. Entre os que foram contaminados recentemente está o vice-presidente de Comunicação do regime, Jorge Rodríguez. A região mais afetadas é Caracas, mas o estado de Miranda também apresenta números preocupantes da doença. O número de mortos no país está em 247 e a ditadura disse que já realizou mais de 1.611.225 testes de Covid-19.

Contudo, os dados apresentados pelo regime chavista são amplamente questionados. Confusões na divulgação dos números, contas que não fecham, relatos sobre pessoas que morreram sem mesmo saber se tinham a doença ou não - por causa da demora dos resultados - são alguns dos exemplos que colocam em dúvida as cifras de Covid-19 na Venezuela. Também há relatos de que Maduro estaria limitando o número de testes para controlar as cifras da pandemia.

"Na Venezuela temos um quadro absolutamente impreciso do que está acontecendo com a epidemia, porque é o país que menos fez exames confirmatórios por milhão de habitantes na América Latina. Os chamados testes rápidos, que são de origem chinesa, não é que sejam ruins, é que têm alcance muito limitado", disse o médico Gustavo Villasmil, integrante da equipe do presidente interino Juan Guaidó, no mês passado, ao comentar os números da pandemia na Venezuela.