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O presidente George W. Bush pediu na terça-feira que o Congresso dê mais tempo para que a ampliação de tropas no Iraque, ordenada neste ano pelo Executivo, dê resultados.

Bush não sinalizou nenhuma mudança iminente de estratégia e rejeitou as críticas de um crescente número de políticos republicanos que se voltaram contra o governo na questão do Iraque.

Bush, que desde o início do ano determinou o envio de 28 mil soldados adicionais, mostrou-se desafiador diante da opinião pública e do Congresso, argumentando que a última leva de soldados só chegou no mês passado.

"Apenas começamos", disse ele a um grupo empresarial em Cleveland. Ele pediu ao Congresso que aguarde o relatório de setembro do general David Petraeus, comandante dos EUA no Iraque, sobre os resultados do reforço.

Um relatório preliminar, previsto para até 15 de julho, deve citar resultados dúbios, o que provavelmente aumentará a pressão sobre Bush.

Refletindo a impaciência dos republicanos por mudanças, o senador Lamar Alexander apresentou uma proposta para que seja adotada a recomendação do Grupo de Estudos do Iraque para que as tropas dos EUA sejam usadas cada vez menos em combate e cada vez mais no treinamento de forças locais. "O aumento em si na minha opinião não é uma estratégia", disse Alexander à CNN.

Sua colega de bancada Olympia Snowe disse, também à CNN, que os EUA estão "numa encruzilhada de esperança e realidade, e acho que temos de tratar da realidade, e isso inclui o presidente."

Uma nova pesquisa USA Today/Gallup divulgada na terça-feira mostrou que mais de 70 por cento dos norte-americanos são favoráveis à retirada quase total de tropas até abril. Para 62 por cento, o envio de tropas ao Iraque foi um erro --é a primeira vez que essa cifra supera 60 por cento.

"Entendo plenamente como isso é forte na nossa psique. Entendo plenamente que, quando se assiste à violência na TV todas as noites, as pessoas se perguntam se vale a pena", disse Bush. "Antes quero dizer-lhes que sim, podemos conseguir e ganhar esta luta no Iraque."

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