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Foz do Iguaçu - Os representantes de países de língua árabe que vivem na Tríplice Fronteira entre o Brasil, Paraguai e Argentina evitaram comentar as informações reproduzidas pelo site WikiLeaks de que o Brasil não teria empreendido ações de combate a supostos terroristas por medo de "estigmatizar a comunidade muçulmana" e de prejudicar o turismo na região.

Lideranças políticas e religiosas, comerciantes e simpatizantes, reunidos na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu para um ato pelo Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino – data lembrada em todo o mundo no dia 29 de novembro –, disseram ser dever do governo brasileiro se manifestar sobre o assunto. Foz do Iguaçu concentra a segunda maior comunidade de língua árabe do país, com cerca de 15 mil imigrantes e descendentes, atrás apenas de São Paulo.

Para o embaixador Bachar Yagui, representante da Liga Árabe no Brasil, "esse é um assunto interno, que cabe ao governo brasileiro responder". "As acusações foram feitas ao Estado brasileiro e ao seu governo, não à comunidade muçulmana que vive harmonicamente com o povo daqui", apontou.

Nasser Hassan, membro da comunidade árabe-palestina local, lembrou que as acusações de financiamento de grupos terroristas islâmicos e que a fronteira abriga células terroristas são antigas e que tal "teoria" foi reforçada depois dos ataques de 11 de Setembro de 2001. "Já fizeram várias investigações e nunca conseguiram provar nada. E se não provaram, é porque não existe nada", disse. "A gente não entende o que essas pessoas querem ao insistir nisso."

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