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Igreja Católica

Chegou a semana do conclave: saiba tudo sobre a eleição do novo papa

conclave 2013
Antes do conclave de 2013, cardeais participam da missa Pro eligendo pontifice, celebrada por Angelo Sodano. (Foto: Michael Kappeler/EFE)

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Na próxima quarta-feira, dia 7, não só os católicos, mas o mundo todo deve acompanhar com atenção máxima um ritual que data de séculos: o conclave para a eleição do próximo papa, após a morte de Francisco, ocorrida em 21 de abril. Após uma missa, celebrada pela manhã (no horário de Roma, madrugada no Brasil), os cardeais eleitores se reunirão à tarde, irão em procissão até a Capela Sistina, prestarão um juramento e se isolarão do mundo até elegerem o próximo líder da Igreja Católica. Confira aqui o que você precisa saber sobre esse momento:

Quando o conclave começa?

Os cardeais decidiram, na congregação geral de 28 de abril, que o conclave começa na próxima quarta-feira, dia 7 de maio. A data está dentro da janela determinada por João Paulo II na constituição Universi Dominici Gregis, pela qual a eleição do novo papa tem de começar de 15 a 20 dias após a morte do pontífice anterior.

Quando termina?

O conclave não tem data certa para terminar; os cardeais votam até que alguém consiga dois terços dos votos. No dia de início do conclave, uma rodada de votação (chamada “escrutínio”) é facultativa; a partir do segundo dia, ocorrem dois escrutínios pela manhã e dois à tarde. Se não houver eleito após os três primeiros dias de votação, ocorre uma pausa de um dia. Depois disso, para cada sete novos escrutínios sem resultado definitivo, há outra pausa. Se após 34 votações ainda não houver um eleito, apenas os dois mais votados na 34.ª votação seguem no páreo nos escrutínios seguintes, como se fosse um “segundo turno”, mas ainda será preciso o apoio de dois terços dos cardeais.

Os cinco últimos conclaves duraram apenas dois ou três dias. Francisco foi eleito na quinta votação, em 2013; Bento XVI, no quarto escrutínio, em 2005; João Paulo II se tornou papa na oitava votação, em outubro de 1978; João Paulo I também precisou de apenas quatro escrutínios, em agosto de 1978; e Paulo VI foi eleito na sexta votação, em 1963.

Confira abaixo os detalhes do processo de votação:

Quem vota no conclave?

Todos os cardeais com menos de 80 anos têm direito a voto – no caso, os eleitores são 135, pois o cardeal Angelo Becciu renunciou aos direitos ligados ao cardinalato após seu envolvimento em um escândalo financeiro. Os cardeais eleitores têm a obrigação de ir a Roma para o conclave, a não ser por razões médicas. Até o momento, dois cardeais, um espanhol e um queniano, já comunicaram sua ausência.

Quem pode ser votado?

Teoricamente, qualquer católico batizado do sexo masculino pode se tornar papa, mas há muitos séculos o escolhido costuma ser um dos cardeais. Se o eleito não estiver entre os cardeais presentes na Capela Sistina, ele precisa ser chamado até lá para ser comunicado do resultado, e questionado se aceita a eleição, e enquanto isso não há aviso nenhum aos fiéis. No caso de o eleito não ser um bispo, ele é imediatamente ordenado pelo cardeal decano, para só então assumir o cargo de bispo de Roma.

Quem são os favoritos no conclave de 2025?

Os vaticanistas Diane Montagna e Edward Pentin, com décadas de experiência na cobertura do Vaticano, mapearam 22 cardeais que eles consideram ter maiores chances de assumir o pontificado. A Gazeta do Povo, com exclusividade no Brasil, traduziu e publicou os perfis desses cardeais.

Gazeta do Povo terá equipe em Roma

Os jornalistas Marcio Antonio Campos e Lucas Saba Vieira estarão em Roma a partir de segunda-feira acompanhando os preparativos finais e a expectativa pelo anúncio do novo papa assim que o conclave começar. Lucas Saba estarão nos programas apresentados pela Gazeta do Povo no YouTube, e o Diário do Conclave, enviado gratuitamente por e-mail, trará bastidores e reflexões pessoais de Marcio Campos, que tem uma coluna semanal sobre assuntos da Igreja Católica na Gazeta do Povo.

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