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Corpos das vítimas do acidente aéreo em Madri em pavilhão da autoridade aeroportuária espanhola. A foto foi divulgada apenas na sexta (22). Morreram no acidente 154 pessoas | Reuters
Corpos das vítimas do acidente aéreo em Madri em pavilhão da autoridade aeroportuária espanhola. A foto foi divulgada apenas na sexta (22). Morreram no acidente 154 pessoas| Foto: Reuters

A cidade de Madri realizará no dia 1.º de setembro uma cerimônia fúnebre para as vítimas do acidente com o avião da Spanair, no qual morreram 153 pessoas e 19 ficaram feridas, afirmou nesta sexta-feira (22) o prefeito da capital espanhola, Alberto Ruiz-Gallardón.

O dirigente acrescentou que a cerimônia acontecerá na catedral de Almudena. Os corpos identificados depois do acidente somam agora 59.

A tragédia de quarta-feira atingiu o vôo JK 5022, que ia para as Ilhas Canárias. O aparelho, em uma segunda tentativa de decolagem, caiu e pegou fogo perto de uma das pistas do Terminal 4 do aeroporto de Barajas, em Madri. Entre os mortos estava o brasileiro Ronaldo Gomes Silva. As causas do acidente ainda estão sendo investigadas, mas a companhia aérea disse que o piloto havia suspendido a primeira tentativa de decolagem ao identificar um problema mecânico. Pouco depois, recebeu autorização para sair com a aeronave rumo a Las Palmas, nas ilhas Canárias. O problema não está diretamente relacionado com o acidente, segundo a empresa.

Ruiz-Gallardón visitou os feridos na quinta-feira, enquanto no cemitério de La Almudena continuavam os lentos trabalhos para identificar os mortos.

Os peritos forenses avisaram que mais da metade das vítimas fatais terá de ser identificada por meio de exames de DNA porque os corpos estão irreconhecíveis. Isso deve fazer o processo demorar ainda mais.

À noite, os corpos identificados começaram a ser transportados para as Canárias, em um total que pode chegar, ao final do dia, a 20, segundo o presidente das Canárias, Paulino Rivero, que se reuniu com o primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero.

O presidente das Canárias contou ainda como se deu a decolagem fatal do avião, segundo revela um vídeo da agência responsável por controlar os aeroportos na Espanha.

"Vê-se na segunda tentativa de decolagem que o piloto aproveita ao máximo a extensão da pista e parece que atinge a altura que costumamos ver normalmente. A partir daí, cabe aos técnicos dizer o que aconteceu", afirmou, evitando fazer especulações sobre o caso.

Rivero anunciou que, em vista do alto número de cidadãos das Canárias mortos na tragédia, uma outra cerimônia fúnebre deve ser realizada nas ilhas.

O acidente é o pior da história da aviação espanhola desde 1983.

Uma comissão independente de especialistas tenta descobrir por que o avião caiu após a decolagem. Ao mesmo tempo, realiza-se uma investigação judicial a respeito do acidente.

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