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Para diretora da Inteligência Nacional dos EUA, protestos contra a Covid Zero contrariam a narrativa de Xi Jinping de maior “eficiência” do governo chinês
Para diretora da Inteligência Nacional dos EUA, protestos contra a Covid Zero contrariam a narrativa de Xi Jinping de maior “eficiência” do governo chinês| Foto: EFE/JOÉDSON ALVES

A diretora da Inteligência Nacional dos Estados Unidos, Avril Haines, disse neste sábado (3) que o ditador da China, Xi Jinping, se recusa a aceitar vacinas contra a Covid-19 produzidas fora do país, o que dificulta implementar a estratégia de conviver com o vírus adotada pelo resto do mundo e dá fôlego à política de Covid Zero, alvo de grandes protestos na semana passada.

Durante o Fórum de Defesa Nacional Reagan, realizado na Califórnia, Haines apontou que Xi “não está disposto a utilizar vacinas melhores do Ocidente e, em vez disso, se apoia nas vacinas produzidas na China, que simplesmente não são tão eficazes contra a [variante] Ômicron”. As declarações foram reproduzidas pela agência Reuters.

Segundo a diretora, as grandes manifestações que tomaram o país no início da semana passada “contrariam a narrativa que ele [Xi] gosta de apresentar, de que a China tem um governo muito mais eficiente”.

Haines apontou, porém, que não acredita que os protestos contra a Covid Zero (política que impõe grandes restrições à população quando casos da doença são detectados) possam representar uma abertura política na China, ao menos por ora.

“Repito, não é algo que vemos como uma ameaça à estabilidade [do regime comunista] neste momento, ou mudança de regime ou algo assim”, pontou. “Como isso se desenvolverá será importante para a posição de Xi.”

Apesar da permanência da Covid Zero, algumas grandes cidades chinesas estão relaxando os bloqueios para contenção do vírus. Em Urumqi, capital da região de Xinjiang, shopping centers, mercados, restaurantes e outros estabelecimentos serão reabertos a partir desta segunda-feira (5), após meses de restrições.

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