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Mural em homenagem ao presidente assassinado Jovenel Moïse em Porto Príncipe, capital do Haiti
Mural em homenagem ao presidente assassinado Jovenel Moïse em Porto Príncipe, capital do Haiti| Foto: EFE/Johnson Sabin

O ex-senador haitiano Joseph Joël John foi condenado à prisão perpétua em um tribunal federal em Miami, nos Estados Unidos, por seu papel no assassinato do presidente haitiano Jovenel Moïse em 7 de julho de 2021.

John foi sentenciado durante uma breve audiência na terça-feira (19), presidida pelo juiz federal José Martinez, depois de se declarar culpado em outubro de quatro acusações relacionadas ao assassinato de Moïse em Porto Príncipe.

As acusações incluem conspirar para matar ou sequestrar alguém fora dos EUA, bem como fornecer recursos e materiais que resultaram na morte do presidente.

No entanto, durante a audiência, John afirmou que seu envolvimento na conspiração se deu porque a ideia era prender o ex-presidente e derrubá-lo, mas não assassiná-lo.

“Nunca fiz parte de nenhum plano para assassiná-lo”, disse ao juiz o ex-senador, que alegou que a situação “saiu do controle”, de acordo com o jornal Miami Herald.

“Estou muito triste que esse crime horrível tenha acontecido. Ele não merecia ser morto”, acrescentou o réu, que pedia uma sentença máxima de 30 anos de prisão.

Até o momento, das 11 pessoas presas em Miami por acusações criminais pelo assassinato de Moïse, quatro se declararam culpadas e, com John, três foram condenadas à prisão perpétua.

De acordo com os documentos do tribunal, de fevereiro de 2021 até julho daquele ano, o sul da Flórida “serviu como local central para o planejamento e financiamento da conspiração para derrubar o presidente Moïse e substituí-lo por alguém que atendesse aos objetivos políticos e interesses financeiros dos conspiradores”.

Em 6 de julho de 2021, os cúmplices se reuniram em uma casa próxima à residência de Moïse, onde foram distribuídas armas de fogo e equipamentos, e foi anunciado que a missão era matar o presidente.

Na noite seguinte, um esquadrão fortemente armado entrou na casa do presidente e o matou a tiros, um assassinato que, desde então, desencadeou um período de violência de gangues e instabilidade política no país.

As autoridades disseram que o plano original era prender Moïse, forçá-lo a entrar em um avião e levá-lo a um local não identificado, mas esse plano fracassou quando os suspeitos não conseguiram encontrar uma aeronave e armas suficientes, de acordo com os documentos da Justiça americana.

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