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Governo informou que protesto resultou em quatro mortes e deixou quase 200 pessoas feridas | AFP
Governo informou que protesto resultou em quatro mortes e deixou quase 200 pessoas feridas| Foto: AFP

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  • Correa, com a voz rouca, falando da sacada do Palácio em dia de protestos em Quito
  • Presidente é levado para hospital após ser atingido por manifestantes
  • Presidente equatoriano Rafael Correa discursa no palácio presidencial
  • O presidente Rafael Correa é atingido por bomba de gás lacrimogêneo em meio a protestos de policiais, em Quito: risco ao processo democrático
  • País teve trocas seguidas de presidentes nos últimos anos

Tropas equatorianas resgataram na noite de quinta-feira o presidente Rafael Correa, que esteve mais de dez horas retido em um hospital rodeado por policiais sublevados contra uma lei que corta benefícios.

Correa que abandonou o edifício em cadeira de rodas e com uma máscara antigás, chegou minutos depois ao Palácio do Governo e, perante centenas de seguidores, denunciou uma conspiração contra ele e assegurou que não voltará atrás no seu plano.

"A lei não será revogada, conosco o diálogo tudo, pela força nada", disse Correa, com a voz rouca, falando desde a sacada do Palácio.

O dia de fúria em Quito começou quando policiais tomaram o maior quartel da cidade para protestar contra a lei apoiada pelo governo, que corta benefícios de policiais e militares.

Minutos depois, e fiel ao seu estilo, Correa foi ao quartel e enfrentou com duras palavras os policiais.

O presidente foi empurrado e golpeado em meio a uma tumulto e precisou sair em meio a uma chuva de gases lacrimogêneos para ser tratado em um hospital adjacente ao quartel, que foi cercado rapidamente por policiais.

Correa ficou ali a tarde toda e boa parte da noite, enquanto nas ruas de Quito cidadãos e policiais protagonizavam enfrentamentos que, segundo a Cruz Vermelha, deixaram 51 feridos.

Analistas apostavam que Correa recuperaria o controle da situação, mas avaliam que deverá pagar um preço político e que seu controle sobre o Congresso será afetado.

O governo brasileiro expressou apoio a Correa e disse acompanhar com "profunda preocupação" a crise política no país sul-americano.

Mais cedo, o Itamaraty informou em nota que o ministro Celso Amorim telefonou para membros do governo equatoriano para expressar total apoio e solidariedade do Brasil às instituições democráticas daquele país.

O governo venezuelano disse que Correa conversou com Hugo Chávez por telefone e confirmou que o caos era uma tentativa de golpe.

Equador, país no qual foram depostos três presidentes nos últimos 13 anos, depende da riqueza do seu petróleo. Um portavoz da empresa Petroequador disse que a empresa operava com normalidade, mas informou que nos campos de petróleo e refinaria haviam militares.

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