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Papa Francisco, saudando os fiéis em 2013, no Vaticano. Neste domingo, ele disse que a familia polonesa "representou um raio de luz na escuridão da II Guerra Mundial"
Papa Francisco, saudando os fiéis em 2013, no Vaticano. Neste domingo, ele disse que a familia polonesa “representou um raio de luz na escuridão da II Guerra Mundial”| Foto: EFE

A Igreja Católica beatificou neste domingo (10) uma família polonesa de nove pessoas assassinada pelos nazistas em março de 1944, por proteger famílias judias do Holocausto. A cerimônia de beatificação de Jozef e Wiktoria Ulma e seus sete filhos, incluindo um bebê que estava na barriga da mãe e teria nascido no momento do assassinato, ocorreu na vila de Markowa, no sudeste da Polônia, onde a família residia na época do massacre. Esta é a primeira vez que uma família inteira é beatificada na mesma ocasião.

Durante a missa, em que estava presente o presidente polonês, Andrzej Duda, o cardeal Marcello Semeraro leu uma carta do Papa Francisco, autorizando “que doravante os veneráveis Servos de Deus, Jozef e Wiktoria Ulma, cônjuges e seus sete filhos, (que) destemidamente sacrificaram suas vidas por amor aos seus irmãos e acolheram em sua casa aqueles que sofreram perseguições, recebam o título de bem-aventurados".

Após a oração do Angelus deste domingo, na Praça São Pedro, o Papa recordou que a família polonesa viveu o martírio não por proclamar publicamente a fé católica, mas por dar testemunho do Evangelho em suas atitudes do dia a dia, oferecendo “refúgio para alguns judeus que estavam sendo perseguidos”. “Ao ódio e à violência que caracterizaram aquela época, eles opuseram o amor evangélico. Que essa família polonesa, que representou um raio de luz na escuridão da II Guerra Mundial, seja para todos nós um modelo a ser imitado no ímpeto do bem e no serviço a quem mais precisa”, afirmou.

Após a cerimônia de beatificação, uma pintura da família e um relicário contendo seus restos mortais foram expostos aos fiéis poloneses de Markowa. A beatificação é o último passo antes do reconhecimento da santidade de uma pessoa pela Igreja Católica.

“Obrigado por mostrarem a verdade histórica sobre aquela época, sobre o destino dos poloneses e dos judeus nesta terra sob ocupação alemã, que todos queriam sobreviver e ainda assim não se esquivaram de tais atos finais de fraternidade e misericórdia”, disse o presidente da Polônia, em pronunciamento reproduzido pela agência de notícias Reuters.

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