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Casal passa em frente de pichação onde está escrito “temos fome” e “Maduro ditador” | RONALDO SCHEMIDT/AFP
Casal passa em frente de pichação onde está escrito “temos fome” e “Maduro ditador”| Foto: RONALDO SCHEMIDT/AFP

O candidato do PT ao Planalto, Fernando Haddad, atacou o que ele chamou de tentativa dos Estados Unidos de influenciar a América do Sul. A fala de Haddad veio após questionamento, em entrevista à Rádio Capital, nesta segunda-feira, 15, sobre os desafios de governos vizinhos, como a Venezuela.

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“Você não tem dúvida que nossa preocupação com nossos vizinhos tem de ser permanente. Não podemos correr o risco de declarar guerra à Venezuela ou permitir a instalação de uma Base dos Estados Unidos no Brasil”, afirmou Haddad, em referência a uma negociação entre os governos brasileiro e dos EUA para utilizar a Base de Lançamento de Alcântara, da Força Aérea Brasileira, no Maranhão.

Na sua resposta, o candidato do PT fez referência aos conflitos permanentes no Oriente Médio, que decorreriam das brigas pelo petróleo. “Não podemos permitir que os americanos se metam na América do Sul. Se a Venezuela está com problemas, não é a guerra a solução. Temos de chamar a ONU. Chegar na Venezuela com uma solução democrática. Sou contra o militarismo”, disse Haddad.

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Estratégia

Apesar de a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, ter declarado “apoio e solidariedade ao presidente Maduro frente à ofensiva da direita”, Haddad desde o início da campanha tem sido mais prudente e repetido que a Venezuela não é uma democracia.

Em agosto, ao ser questionado se a Venezuela e a Nicarágua poderiam ser caracterizadas como democracias, ele disse que “quando você está em conflito aberto, como está lá, não pode caracterizar como uma democracia. A sociedade não está conseguindo, por meios institucionais, chegar a um denominador comum”.

Quanto à Venezuela, Haddad ainda disse que, por lá, “a tradição golpista se impôs de parte a parte”. E afirmou que considera que os dois países estão, hoje, “à beira de uma guerra civil”. Para ele, no entanto, não cabe ao Brasil tomar partido na resolução dos problemas dos venezuelanos ou dos nicaraguenses. “Os governos do PT nunca tomaram partido quando há conflito aberto ou não em países da região. E eu acho essa posição correta do ponto de vista da chancelaria.”

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