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A Irmandade Muçulmana condenou nesta terça-feira (24) o atentado contra um prédio das forças de segurança na província de Dakahliya, no Egito, que deixou mais de 10 mortos e 134 feridos, e afirmou que o governo está tentando aproveitar a tragédia para fomentar a instabilidade.

Por meio de um comunicado, o grupo disse que a ação foi "um ataque direto contra a unidade do povo egípcio" e pediu uma investigação para que seus autores sejam julgados.

A Irmandade criticou as declarações feitas após o atentado pelo primeiro-ministro egípcio, Hazem Beblaui, que classificou a Irmandade como um "grupo terrorista".

"Não é uma surpresa que Beblaui, a marionete da Junta Militar, tenha decidido se aproveitar do sangue de egípcios inocentes com declarações incendiárias dirigidas a fomentar uma maior violência, caos e instabilidade", acrescentou a nota.

A Irmandade Muçulmana afirmou que lamenta a morte de "todos os filhos e filhas do Egito" e expressou suas condolências aos feridos e às famílias das vítimas.

Entre os mortos há dois coronéis, um sargento e cinco recrutas da polícia, segundo a agência oficial egípcia "Mena". Entre os feridos há agentes e civis, de acordo com a agência.

Uma fonte de segurança consultada pela Agência Efe elevou o número de vítimas em Mansura, capital de Dakahliya, para 14 mortos e 250 feridos.

O governador de Dakahliya, Omar Shawadfi, disse que um carro-bomba explodiu, provocando grande destruição na sede policial e em edifícios contíguos.

Grupos extremistas cometeram nos últimos meses vários ataques contra as forças da ordem no Egito, especialmente na Península do Sinai.

Estas ações se intensificaram desde a derrocada militar do presidente Mohammed Mursi em 3 de julho.

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