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pergaminho bíblico israel
Fragmentos de pergaminhos bíblicos de 2.000 anos recém-descobertos, do período Bar Kochba, são exibidos no laboratório de conservação do Mar Morto da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) em Jerusalém, em 16 de março de 2021, após a conclusão do trabalho de preservação.| Foto: MENAHEM KAHANA/AFP

Israel revelou nesta terça-feira (16) fragmentos de um pergaminho bíblico de 2.000 anos de idade, descoberto no deserto da Judeia, no sul do país, e considerou se tratar de uma descoberta "histórica" e uma das mais importantes desde os Manuscritos do Mar Morto. "Pela primeira vez em quase 60 anos, as escavações arqueológicas revelaram fragmentos de um pergaminho bíblico", afirma a Autoridade de Antiguidades de Israel (AAI) em um comunicado.

Escritos em grego, os fragmentos tornaram possível, segundo pesquisadores israelenses, reconstruir passagens dos livros de Zacarias e Naum, que fazem parte do livro dos 12 profetas menores da Bíblia. O material foi encontrado durante escavações em uma caverna em um penhasco na reserva natural Nahal Hever, no âmbito de uma campanha para combater o saque de patrimônio.

Para realizar a operação, que se estendeu pela parte do deserto da Judeia localizada na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967, a AAI forneceu aos arqueólogos drones e equipamentos de montanha, incluindo cordas para descida de rapel.

Outras descobertas

Moedas antigas recentemente descobertas do período da revolta judaica de Bar Kochba, que datam de 132-136 DC | Foto: MENAHEM KAHANA/AFP
Moedas antigas recentemente descobertas do período da revolta judaica de Bar Kochba, que datam de 132-136 DC | Foto: MENAHEM KAHANA/AFP| AFP

Além dos fragmentos de pergaminho, os cientistas desenterraram objetos que remontam à revolta judaica de Bar Kokhba contra os romanos (132-136 DC), assim como um esqueleto de criança mumificado de 6.000 anos de antiguidade envolto em tecido, moedas e uma cesta de 10.500 anos - provavelmente a mais antiga do mundo, acredita a AAI.

De acordo com Israel Hasson, diretor da AAI, que expõe as peças em seu laboratório do Museu de Israel, em Jerusalém, a iniciativa lançada em 2017 tem como objetivo "salvar estas raras e importantes peças patrimoniais das garras dos ladrões".

Cesta de 10.500 anos remonta ao período Neolítico. O objeto foi desenterrado na Caverna Murabaat, no Deserto da Judeia | Foto: MENAHEM KAHANA/AFP
Cesta de 10.500 anos remonta ao período Neolítico. O objeto foi desenterrado na Caverna Murabaat, no Deserto da Judeia | Foto: MENAHEM KAHANA/AFP| AFP

Desde a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, há mais de 70 anos, nas cavernas de Qumran, as cavernas rochosas do deserto da Judeia se tornaram alvo de saqueadores de antiguidades. Esses 900 manuscritos são considerados uma das descobertas arqueológicas mais importantes de todos os tempos, porque incluem textos religiosos em hebraico, aramaico e grego, assim como a versão mais antiga conhecida do Antigo Testamento.

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