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Eli Cohen, Relações Exteriores, Israel
Eli Cohen, ministro das Relações Exteriores de Israel, quando pediu a demissão do secretário-geral na ONU, na sede da própria em Nova York, 24 de outubro de 2023.| Foto: EFE/Javier Otazu

Israel condenou e rejeitou, na sexta-feira (29), a denúncia de genocídio em Gaza apresentada contra si pela África do Sul perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ).

“Israel rejeita com repugnância a calúnia espalhada pela África do Sul e sua denúncia” perante a CIJ, porque “carece de uma base factual e jurídica e constitui um uso desprezível e desdenhoso do tribunal”, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel em um comunicado.

Também destacou que a “África do Sul está cooperando” com o Hamas, “um grupo terrorista que pede a destruição do Estado de Israel” e comete “crimes de guerra” e “contra a humanidade”, e que “tentou cometer um genocídio em 7 de outubro”, quando realizou um ataque surpresa a Israel que causou mais de 1,2 mil mortes.

A CIJ afirmou hoje ter recebido a denúncia da África do Sul, que argumenta que “os atos e omissões de Israel (...) têm caráter genocida, sendo cometidos com a intenção específica necessária (...) de destruir os palestinos em Gaza como parte do grupo nacional, racial e étnico palestino mais amplo”.

A África do Sul acrescenta que “a conduta de Israel, por meio de seus órgãos estatais, agentes estatais e outras pessoas e entidades que agem sob suas instruções ou sob sua direção, controle ou influência, em relação aos palestinos em Gaza, viola suas obrigações nos termos da Convenção sobre Genocídio”, de acordo com comunicado da CIJ.

Na documentação entregue por Joanesburgo, acrescenta que “Israel se envolveu, está se envolvendo e corre o risco de se envolver ainda mais em atos genocidas contra o povo palestino em Gaza”.

O governo sul-africano, que anunciou o rompimento das relações diplomáticas com Israel por causa de sua ofensiva contra a Faixa de Gaza em retaliação ao ataque terrorista perpetrado pelo grupo islâmico Hamas em 7 de outubro, já havia tornado público que apresentaria uma queixa à CIJ.

Israel, por sua vez, afirmou hoje que o Hamas é “responsável pelo sofrimento dos palestinos em Gaza, usando-os como escudos humanos e roubando-lhes ajuda humanitária”, e destacou que as autoridades israelenses “estão comprometidas com o direito internacional e agem de acordo com isso”.

As Forças de Defesa de Israel “dirigem seus esforços militares apenas contra a organização terrorista Hamas e outras organizações que cooperam” com este grupo, acrescentou a Chancelaria, que assegura que “os residentes de Gaza não são o inimigo”.

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