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Museu do Louvre, em Paris, em foto de agosto de 2023
Museu do Louvre, em Paris, em foto de agosto de 2023: cerca de 15 mil pessoas tiveram de ser retiradas do museu neste sábado após ameaça de bomba.| Foto: Edgar Sapiña/EFE

O Museu do Louvre, em Paris, o mais visitado do mundo, foi evacuado neste sábado e teve de fechar suas portas devido ao temor de um ataque terrorista, um dia depois de um jovem islâmico checheno ter matado um professor dentro de uma escola na cidade de Arras, no norte da França. Segundo informou o próprio Louvre, a decisão foi tomada depois que o museu recebeu ameaças por escrito.

“Por questões de segurança, o museu do Louvre fecha suas portas hoje, sábado, 14 de outubro. As pessoas que marcaram uma visita hoje serão reembolsadas”, afirmou a instituição em uma mensagem nas redes sociais. Segundo a imprensa francesa, cerca de 15 mil visitantes tiveram de ser evacuados depois de o museu ter recebido uma ameaça de bomba por escrito. Apenas em 2022, o Louvre recebeu quase 8 milhões de pessoas, e é uma das principais atrações turísticas do mundo.

Polícia francesa já prendeu nove pessoas após assassinato de professor

A evacuação e o fechamento do emblemático museu acontecem um dia depois de o jovem checheno Mohamed M. ter esfaqueado, na sexta-feira, o professor do ensino médio Dominique Bernard, 57 anos, no interior de uma escola em Arras. Bernard foi morto; outro professor e um funcionário da unidade de ensino ficaram gravemente feridos.

Além de Mohamed, detido com o uso de um taser, a polícia da França prendeu outras oito pessoas por supostos vínculos com o atentado, a maioria deles familiares ou pessoas relacionadas com o jovem checheno, que permanece sob custódia policial. Segundo fontes oficiais, entre os detidos estão dois irmãos de Mohamed M., sua mãe, sua irmã, seu tio e duas pessoas de nacionalidade bielorrussa. Este tipo de detenções dentro do círculo mais próximo do suspeito é muito comum na França quando se trata de ataques islâmicos.

O autor do ataque é membro de uma família russo-chechena que chegou à França em 2008 e que o país europeu tentou deportar em 2014, embora apenas o pai tenha sido expulso, vários anos depois. O filho mais velho foi condenado duas vezes neste ano por vários crimes relacionados ao terrorismo islâmico, e o autor do ataque de sexta-feira era fichado como um suspeito potencialmente perigoso.

França aciona nível de “urgência de atentado” em sistema antiterror

Após o assassinato de Bernard, o governo da França decidiu, ainda na noite de sexta-feira, elevar o nível de alerta antiterrorista ao seu nível mais alto, o de “urgência de atentado”. “No contexto atual e após o atentado terrorista em Arras, decidi elevar o nível do Vigipirate (operação antiterrorista) ao nível mais alto, o de urgência de atentado”, anunciou a primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne. No sábado, a presidência francesa anunciou que até 7 mil soldados da operação Sentinelle serão destacados por todo o território francês até a próxima segunda-feira, em resposta ao alerta terrorista.

O anúncio foi feito após uma reunião do Conselho de Segurança no Palácio do Eliseu, com a presença do presidente do país, Emmanuel Macron, além de Borne e vários membros do governo. O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, disse ao canal de televisão TF1 que, “de acordo com as informações, há certamente uma ligação entre o que aconteceu e o Oriente Médio”, referindo-se à situação de guerra entre Israel e o grupo palestino islâmico Hamas. Desde 2012, os ataques jihadistas na França mataram 272 pessoas e feriram outras 1,2 mil, especialmente em 2015 e 2016.

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