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Centro de convenções da Conmebol em Luque, no Paraguai, onde será realizada a cúpula presidencial do Mercosul nesta quinta-feira
Centro de convenções da Conmebol em Luque, no Paraguai, onde será realizada a cúpula presidencial do Mercosul nesta quinta-feira| Foto: EFE/Nathalia Aguilar

Os países do Mercosul recusaram um pedido do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para enviar uma mensagem durante a cúpula presidencial desta quinta-feira (21), após não ter conseguido chegar a um consenso como bloco.

“Não houve consenso para poder haver essa comunicação”, declarou o vice-ministro de Relações Econômicas e Integração do Paraguai, Raúl Cano Ricciardi, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (20).

O diplomata afirmou que o Mercosul - mecanismo fundado em 1991 e formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai – “faz suas determinações por consenso”.

“Nessas circunstâncias, não há condições para poder falar como Mercosul com o presidente da Ucrânia”, justificou. Ricciardi não revelou, no entanto, os países que apoiaram ou rejeitaram o pedido.

Zelensky fez seu pedido em 6 de julho, durante uma conversa por telefone com o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, cujo país ocupa a presidência temporária do bloco, segundo revelou na ocasião o chanceler paraguaio, Julio César Arriola.

Na coletiva de imprensa desta quarta-feira, após a instalação da LX Reunião Ordinária do Conselho do Mercado Comum, Ricciardi confirmou que a decisão já havia sido comunicada “à contraparte ucraniana”.

Especificamente, assinalou que o chanceler paraguaio - a quem Abdo Benítez confiou a tarefa de consultar outros países do Mercosul - comunicou a decisão ao embaixador de Kyiv creditado na Argentina e concomitante a Assunção.

Em entrevista à TV Globo divulgada na terça-feira, Zelensky criticou a “neutralidade” do presidente Jair Bolsonaro em relação à invasão russa e exigiu um posicionamento do governante brasileiro no conflito.

Bolsonaro não comparecerá à cúpula do Mercosul, a primeira presencial entre os chefes de Estado do bloco desde o início da pandemia de Covid-19.

Por sua vez, no último mês de fevereiro, Abdo Benítez condenou os ataques ao povo ucraniano no Twitter e instou “os agressores a deter suas ações, apelando ao diálogo pela paz e a estabilidade mundial”.

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