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Dalai Lama defende a autonomia do Tibete, mas sem usar a violência. Luta lhe rendeu um Nobel da Paz | DYLAN MARTINEZ/REUTERS
Dalai Lama defende a autonomia do Tibete, mas sem usar a violência. Luta lhe rendeu um Nobel da Paz| Foto: DYLAN MARTINEZ/REUTERS

O líder espiritual tibetano, Dalai Lama, condenou os ataques terroristas da última sexta-feira (13) em Paris e disse que orações não bastam para resolver os conflitos mundiais.

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“Os terroristas têm vista curta, e esta é uma das causas dos desenfreados atentados suicidas. Não podemos resolver esse problema apenas através de orações. Eu sou budista e acredito na oração. Mas foram os seres humanos que criaram esse problema, e agora estamos pedindo a Deus para resolvê-lo. É ilógico. Deus diria: resolvam-no sozinhos porque vocês mesmos o criaram”, afirmou à rede alemã Deutsche Welle.

Ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1989, Tenzin Gyatso, o atual Dalai Lama, luta pela autonomia do Tibete por décadas. Mas, em sua batalha não levanta armas e evita os extremismos. Prefere o caminho do meio.

“A menos que façamos sérios esforços para alcançar a paz, continuaremos a ver uma reprodução do caos que a humanidade vivenciou no século 20. Precisamos de uma abordagem sistemática para fomentar valores humanistas, que promovam unidade e harmonia. Se começarmos agora, há esperança de que este século possa ser diferente do anterior”, defendeu na entrevista.

Dalai Lama apontou que o diálogo e a tolerância religiosa são os caminhos para apaziguar muitos dos conflitos. “Os problemas que estamos enfrentando hoje são resultado de diferenças superficiais entre crenças religiosas e nacionalidades. Somos um só povo”.

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