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O presidente russo, Vladimir Putin, cujo mandato termina no ano que vem, não descarta a possibilidade de concorrer ao cargo novamente em 2012, publicou neste sábado um dos principais jornais da Rússia.

Os planos futuros de Putin, hoje com 54 anos e de longe o político mais poderoso e popular da Rússia, são o tema mais quente da sucessão presidencial.

A Constituição do país não permite ao presidente concorrer a mais de dois mandatos presidenciais consecutivos de quatro anos, mas não impõe restrições para que um ex-presidente, reeleito no passado, volte a concorrer depois de um período longe do poder.

Putin tem dito que não vai tentar mudar a legislação para concorrer a um terceiro mandato seguido. Também já deixou claro que não vai se aposentar depois da eleição de março de 2008. No entanto, não deu ainda detalhes sobre o que fará.

Perguntado na Alemanha, onde os líderes do G8 -os sete países mais industrializados do mundo mais a Rússia- se reuniram na sexta-feira, se ele poderia concorrer de novo em 2012, Putin respondeu: "Teoricamente é possível, e a Constituição não proíbe".

"Contudo, há ainda muita coisa pela frente, e eu nem comecei a pensar nisso", acrescentou, segundo o jornal Kommersant.

No governo de Putin, a Rússia experimentou forte crescimento econômico e reviveu o seus dias de ator internacional influente, o que fez do presidente o político mais popular do país. As reformas do período também concentraram poder no Executivo.

Os aliados de Vladimir Putin e muitos investidores estrangeiros expressam preocupação de que a saída do presidente desestabilize a Rússia, apesar da quase certeza de que o próximo líder do Kremlin será alguém apoiado por Putin, não se sabe ainda quem.

Um possível retorno ao poder nas eleições de 2012 tem sido uma das opções discutidas na Rússia.

Na semana passada, o presidente defendeu um mandato de cinco ou sete anos, em vez dos atuais quatro anos. Os comentários foram apoiados com entusiasmo pelo Parlamento, onde Putin tem grande maioria.

Sergei Mironov, o presidente da câmara alta, que tem papel preponderante no início de qualquer processo para alterar a Constituição, declarou que uma mudança como a sugerida por Putin não poderia entrar em vigor até 2012.

Muitos analistas consideraram os comentários de Mironov, aliado próximo de Putin, um sinal de que o próximo presidente, eleito em março, terá como principal missão governar enquanto o atual prepara o seu retorno.

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