Jeb Bush, ex-favorito pela vaga republicana, busca espaço para crescer nas primárias| Foto: Gretchen Ertl/REUTERS

Políticos experientes que estão no encalço dos favoritos Donald Trump e Ben Carson em busca da nomeação presidencial republicana esperam conseguir mudar o foco da campanha para temas de economia e política no debate desta quarta-feira (28), e expor o que eles consideram ser os pontos fracos dos dois principais pré-candidatos do partido.

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Jeb Bush e outros pré-candidatos estão tentando virar a maré em uma campanha que vem sendo dominada até agora pela retórica provocativa, que contribuiu para fortalecer Trump, um bombástico astro de programa de TV, e Carson, um cirurgião de voz suave que tem conquistado apoio nas pesquisas de opinião.

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O debate de duas horas, em Boulder, no Estado do Colorado, moderado pela rede de negócios CNBC, terá início às 20h (22h em Brasília) nesta quarta-feira.

Polarização

Com Trump e Carson mantendo-se firmes nas pesquisas sobre a corrida para serem indicados candidato do Partido Republicano nas eleições de novembro de 2016, o debate ocorre em um momento cada vez mais perigoso para os candidatos de menor projeção.

O ex-governador da Flórida Jeb Bush e a ex-CEO da Hewlett-Packard Carly Fiorina, o governador de Ohio, John Kasich, o ex-governador de Arkansas Mike Huckabee e o governador de Nova Jersey, Chris Christie, estão sob pressão para se sobressair na corrida para a nomeação do partido, que até agora está se inclinando para longe deles, faltando pouco mais de três meses para a primeira primária partidária.

Os senadores Ted Cruz, do Texas, e Marco Rubio, da Flórida, também precisam ter desempenhos sólidos para ampliar um avanço recente.

Funcionários de várias campanhas rivais disseram acreditar que o debate poderia ajudar a tornar Trump e Carson menos populares, se for mostrada a falta de conhecimento deles sobre os meandros da política.

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Brasil se aproveita dos EUA, diz Donald Trump em programa de TV

Em mais uma demonstração de poucas papas na língua, o magnata e líder republicano em boa parte das pesquisas do partido, Donald Trump, fez menção ao Brasil. Mas não por bem: para ele, o país é um dos que se aproveitam dos EUA.

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“Se eles se saírem bem nisso e levarem as pessoas a verem se são inteligentes quanto à economia e à criação de emprego, e como a contenção orçamental se encaixa nisso, será possível finalmente começar a separar as ovelhas dos cabritos em uma questão importante”, disse um funcionário na campanha de um dos republicanos que disputam contra Trump.

O estrategista republicano Kevin Madden disse que o debate poderia representar um teste para Trump e Carson.

“Isso exige que eles não se apoiem somente em atributos como ser novo e ousado”, disse Madden, um ex-assessor de Mitt Romney, candidato republicano em 2012.