Chanceler russo Serguey Lavrov alegou que a Otan retirou credenciais de oito diplomatas russos “sem dar explicação oficial”| Foto: EFE/Kulpash Konírova
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A Rússia anunciou nesta segunda-feira (18) o fechamento da representação junto à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), assim como os escritórios de ligação militar e de informação da aliança em Moscou, como resposta ao banimento de oito diplomatas russos.

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As medidas foram divulgadas durante entrevista coletiva pelo ministro de Relações Exteriores do país, Serguey Lavrov, após reunião com a chanceler de Guiné-Bissau, Suzi Carla Barbosa.

“Em resposta às ações da Otan, suspendemos as atividades de nossa representação junto à aliança, incluindo o trabalho de nosso principal representante militar, a partir de 1º de novembro”, informou o integrante do governo russo.

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Além disso, Lavrov informou o fechamento do escritório da missão de ligação militar da Otan em Moscou e que “o credenciamento dos funcionários será revogado a partir de 1º de novembro”. “Também será fechado o escritório de informação da Otan em Moscou, que tem sede na Embaixada da Bélgica”, acrescentou o ministro.

Lavrov alegou que a Otan, no início deste mês, retirou as credenciais de oito diplomatas russos “sem dar uma explicação oficial” sobre a decisão, embora, dias antes, o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, tenha indicado o interesse em normalizar as relações com a Rússia.

O chanceler russo explicou que, nos últimos anos, a representação do país junto à Otan foi reduzida em duas ocasiões e o nível de diálogo e colaboração caiu para níveis mínimos.

“Tudo isso confirma que a Otan não está interessada em nenhum diálogo em igualdade de direitos, nem em nenhum trabalho conjunto. Assim, não vemos a necessidade de seguir atuando como se fosse possível uma mudança no futuro, porque a Otan já declarou a impossibilidade dessas mudanças”, concluiu Lavrov.

A Otan havia expulsado oito diplomatas da Rússia por supostamente serem espiões (agentes dos serviços secretos russos não declarados) e também reduzido para dez a quantidade total de diplomatas que o país podia credenciar na aliança.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]