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A Rússia disse na sexta-feira que pode abrir processo criminal contra Andrei Lugovoy, caso a Grã-Bretanha, que pede sua extradição, apresente provas de envolvimento dele no assassinato do ex-espião Alexander Litvinenko.

"Estamos convencidos --assim como eles (britânicos)-- que este é um caso sério, então temos um manancial de precedentes quando formos iniciar um processo penal próprio, realizar audiências judiciais e proferir o veredicto", disse o chanceler Sergei Lavrov a agências de notícias russas durante escala na China, após visita às Filipinas.

"Se o lado britânico tiver a prova que o convenceu cem por cento da culpa de Lugovoy, então estamos prontos para recebê-la e estudá-la", acrescentou.

A crise diplomática provocada pela morte de Litvinenko, um ex-espião russo exilado em Londres, já levou a Grã-Bretanha e a Rússia a expulsarem oito diplomatas (quatro cada).

Moscou rejeita a extradição de Lugovoy, um ex-guarda-costas da KGB que virou empresário, já que a Constituição russa proíbe a extradição dos cidadãos do país.

Londres vem irritando os russos por dar asilo a vários dissidentes procurados pela Justiça da Rússia, como o magnata Boris Berezovsksy, que acusa o presidente Vladimir Putin de envolvimento na morte de Litvinenko, algo que o Kremlin qualifica como absurdo.

A Grã-Bretanha se recusa a extraditar Berezovsky para Moscou, e Lavrov descartou que ele seja trocado por Lugovoy. "Por que neste mundo faríamos isso? Sobre Berezovsky, mandamos a Londres todos os materiais que estão legalmente de acordo com todas as solicitações de extradição. Quanto a Lugovoy, não vimos tais materiais."

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