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O último tripulante do navio quebra-gelo do Greenpeace detido na Rússia em um protesto contra a exploração do Ártico, o australiano Colin Russell, deverá deixar a prisão em breve após ter recebido liberdade sob fiança nesta quinta-feira (28).

"Não tenho nada que dizer. Sou um bom homem. Peço que me concedam a liberdade sob pagamento de fiança", disse Russell durante a audiência realizada no Tribunal Municipal de São Petersburgo.

Russell, o técnico de comunicações da embarcação aprisionada pela guarda costeira russa no mar de Bárents em meados de setembro, era o único dos 30 tripulantes que o tribunal de São Petersburgo tinha prolongado a prisão preventiva por outros três meses.

No entanto, hoje o tribunal aceitou o recurso interposto pelo Greenpeace e ordenou a libertação de Russell com o pagamento de 2 milhões de rublos (cerca de US$ 60 mil).

O Greenpeace assegurou que pagará hoje mesmo a fiança estipulada, de modo que o ativista deverá deixar a prisão somente na sexta-feira (29).

Russell, assim como os outros ativistas da organização ambientalista, ficará hospedado em um hotel da antiga capital imperial russa até a conclusão da investigação.

"Finalmente, os 28 membros da tripulação e os dois jornalistas independentes foram libertados, mas isto não é o final. Eles protestavam contra a destruidora extração de petróleo no Ártico", assegurou Ben Ayliffe, diretor do Greenpeace Internacional.

O ativista assegurou que o Greenpeace "não celebrará a vitória até que cessem essa perseguição judicial aos ativistas e estes possam retornar para suas casas com suas famílias".

Os tripulantes do navio quebra-gelo "Arctic Sunrise" tinham sido transferidos no último dia 12 de novembro para São Petersburgo desde o porto de Murmansk, onde permaneceram durante um mês e meio após serem detidos no dia 19 de setembro.

"Os 30 do 'Arctic'", como são chamados pelo Greenpeace, foram acusados de vandalismo por tentar se encarapitar na plataforma petrolífera flutuante Prirazlomnaya da Gazprom.

O presidente russo, Vladimir Putin, criticou os métodos utilizados pelos tripulantes do "Arctic Sunrise", aos que acusou de pôr em perigo a tripulação da plataforma petrolífera, embora tenha qualificado seus objetivos como "nobres".

Os tripulantes do "Arctic Sunrise", além da brasileira Ana Paula Maciel, procedem da Rússia, EUA, Argentina, Reino Unido, Canadá, Itália, Ucrânia, Nova Zelândia, Holanda, Dinamarca, Austrália, República Tcheca, Polônia, Turquia, Finlândia, Suécia e França.

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