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Creches – escolas infantis – escola infantil – creche – crianças – atividade infantil – pré-escola – maternal – ensino infantil – brincadeiras de criança – creche convenidada com a prefeitura de Curitiba –
Ensino infantil.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

É hora de começar a escrever. É hora de registrar o que estamos vivendo neste ano pandêmico de 2021, já o segundo nesta lógica jamais vivida por essas gerações que habitam o planeta Terra. O que escrevo nunca se aplica à totalidade dos fatos, pois cada um de nós faz determinados recortes dos fenômenos que mais chamam a atenção, provavelmente do que mais nos alegra ou mais entristece.

Nesta direção, temos essas duas dimensões, a alegria e a tristeza, como polos nesta escrita: a alegria de estarmos vivos e essa ser a razão de podermos redigir essas linhas e termos a oportunidade de lê-las; a tristeza de ver tantas pessoas adoecendo e partindo de maneira avassaladora por meio desse vírus que não nos deixa em paz. O tal do coronavírus. Que desagradável, você, seu coronavírus, não queremos mais sua companhia!

Se pudéssemos apertar um botão e mandar esse mal embora, o faríamos com certeza, mas os desígnios pelos quais temos de passar e provar nossa fortaleza são misteriosos, estão escritos nas promessas do Pai Eterno. Esta é a minha fé, mas cada um atribui esse sofrimento ao significado que crê.

A ciência avançada, madura, conseguiu resultados inacreditáveis para conter a evolução da Covid-19; no entanto, já há mutações, ou seja, novas ameaças, mais incertezas do que poderia ser uma solução para a preservação da vida.

Nunca se viu a humanidade unida por uma única causa: manter a vida das pessoas. Com esse pretexto, muitas consequências desastrosas vieram à tona, como a depressão, a violência doméstica, o cerceamento de sonhos de uma juventude pronta para iniciar no mercado de trabalho, a postergação de planos familiares, dentre muitos outros contextos que explicariam esse polo tão triste.

Por outro lado, essa mesma humanidade encontrou forças desconhecidas de superação, de promoção de novas relações familiares, de consolidação de distintas organizações de trabalho, acomodou-se nos lares, arrumou as casas – as físicas e as emocionais –, passou a sonhar com propósitos antes nunca pensados, entendeu o valor da vida em situações tão mais simples antes não observadas na rotina do lado de fora das portas de casa.

É verdade que o desejo de uma normalidade, mesmo que diferente daquela que já se viveu, faz parte do que muitos esperam, a exemplo da abertura das escolas. Crianças e adultos ficaram muito felizes com um parcial retorno ao ambiente escolar, mesmo que em modelos híbridos, com participação parcial na rotina escolar.

Na cidade em que vivo, a capital paranaense, essa perspectiva foi plena por uma semana, especialmente para as crianças e os estudantes do município de Curitiba. Foi intensa para os profissionais que modelaram sua forma de trabalho com todos os cuidados para esse formato, mas as incertezas diante da curva viral foram mais fortes e a escola se recolheu mais uma vez para o formato remoto.

É inimaginável a frustração das crianças, especialmente daquelas que se preparavam para encontrar seus amigos e seus professores na próxima semana. A vontade de entrar no coração dessas crianças e arrancar essa dor é imensa, mas frustração também educa, especialmente nesse mundo em que a única certeza que temos é a de que as incertezas permanecem.

Para a cidade de Curitiba, na rede municipal de ensino, o direito à educação está garantido, pois o ensino no formato remoto está estruturado, inclusive com a garantia da entrega dos kits suplementares de alimentação, além dos kits pedagógicos que acompanham a programação da TV Escola Curitiba, transmitida pelas emissoras TV Paraná Turismo, Rede Massa e TV Evangelizar, às quais somos gratos pela parceria.

Mais uma vez parabenizo todos os profissionais da nossa brilhante rede municipal de Curitiba pelo majestoso trabalho realizado na educação curitibana! Nossa educação é essencial, sim, e se faz garantida pelo formato remoto aos 140 mil estudantes, inclusive com adequações pedagógicas para o público-alvo da inclusão.

Permaneça viva a nossa esperança da cura, do polo da alegria pujante, do bem vencer o mal. Porque o amor sempre vencerá.

Maria Sílvia Bacila é secretária municipal de Educação de Curitiba.

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