| Foto: Paixão

Bom dia!

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Um evento reuniu a nata da Lava Jato nesta segunda (13) em Curitiba. Todas as figurinhas do álbum estavam lá: Deltan Dallagnol, Marcelo Bretas, Carolina Lebbos, Gabriela Hardt e, claro, Sergio Moro, que no dia anterior havia sido praticamente pré-indicado por Jair Bolsonaro (PSL) à próxima vaga que abrir no Supremo Tribunal Federal – o que deve ocorrer em 2020. Kelli Kadanus e Camila Abrão detalham o que cada um desses personagens disse de importante no congresso (inclusive a negativa de Moro sobre ter um acordo com Bolsonaro sobre aquela vaguinha).

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A arte do possível

No editorial desta terça (14), a Gazeta do Povo analisa a tramitação da PEC da Vida no Senado – texto que pretende incluir a expressão “desde a concepção” quando se menciona o direito à vida na Constituição. Diante das divergências dentro do movimento pró-vida sobre a redação da PEC, a Gazeta se posiciona:

É preciso lembrar que a política é a arte do possível. Por óbvio, o cenário ideal seria aprovar a redação original da PEC – que, como recordamos, não revogaria as excludentes de punibilidade em vigor. Mas se se abriu uma janela de oportunidade para avançar na agenda de proteção e afirmação da vida, parece razoável aproveitá-la para mandar um recado político poderoso ao STF e deixar claro, de uma vez por todas, que a vida é protegida desde a concepção, mesmo que isso exija um texto de compromisso.

Cheirinho de intervenção?

Juan Guaidó está recorrendo ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos em busca de "uma mudança mais rápida para sair desta crise profunda em que vivemos". A conversa talvez não signifique uma real intervenção militar estrangeira na Venezuela, e sim uma estratégia de pressão sobre o alto escalão das Forças Armadas do país.

Imagem do dia

Um campo de colza completamente florescido no município de Fahrenzhausen, sul da Alemanha.| Foto: Sven Hoppe/AFP
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Quem são? Onde vivem? O que comem?

No nosso contexto de polarização política, é fácil chamar quem pensa diferente de “extremista”. Mas o que é, de fato, extremismo? Como definir quem é extremista e quem não é? E mais: como alguém se torna um extremista? Tiago Cordeiro se debruça sobre essas perguntas e conversa sobre a questão com especialistas como o cientista político alemão Uwe Backes, que diz:

Ele se baseia, muitas vezes, em uma predisposição pessoal, que inclui problemas de frustração e problemas de identidade. E é fortalecido por um contexto que estimula a agressividade e a competitividade com grupos de ideologias diferentes. Participar de um grupo que se mobiliza contra outro dá um senso de pertencimento.

Você também pode fazer um teste para saber se esse é o seu caso. Se for, parece que você está algumas décadas atrasado. É o que afirma o professor Arthur Grupillo, da Universidade Federal de Sergipe, que comenta o desdém do atual governo pelos cursos de Filosofia e Sociologia e relata a sua própria experiência a respeito. Fique com um trecho do artigo:

Há mais ou menos 20 anos, entramos num estágio novo na esfera do pensamento filosófico. A filosofia dos últimos dois séculos tinha sido relativamente maniqueísta em torno de problemas como ciência versus religião, esfera pública versus esfera privada, etc. Mas há 20 anos isso mudou, e temos reconhecido a importância dos afetos e das convicções religiosas na esfera pública e nas ciências, inclusive. A lógica da polarização política é a mesma da secularização caricata. Os tempos são outros.

No Paraná, a tendência é voltar à normalidade

Cai o sigilo de processos contra desembargadores e juízes no Paraná: aos moldes do que já acontece na esfera nacional, os processos questionando a atuação de juízes e desembargadores passarão a ter julgamentos públicos no estado. Katia Brembatti explica a decisão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).

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Outra exceção pronta para cair é a aposentadoria especial para ex-governadores. Catarina Scortecci mostra que o benefício, dado hoje a oito ex-governadores do Paraná e três viúvas, já foi abandonado em pelo menos 13 estados.

A realidade e a realeza

No aniversário da abolição da escravatura no Brasil, Paulo Cruz revisita 1888 para dissipar o nevoeiro de uma historiografia ideológica e devolver à família imperial o seu devido papel no processo:

Ninguém tem o protagonismo exclusivo da Causa; porém, todos, inclusive a monarquia, tiveram, cada um a seu tempo, importância. E é uma pena que a narrativa republicana tenha encontrado guarida nos historiadores marxistas, que, tratando a família imperial, de forma absurdamente reducionista, como parte da elite – em sua sanha por dividir a sociedade em burgueses e proletários, opressores e oprimidos –, não pode ver em seus atos qualquer papel benéfico, pois faz parte dos opressores. Que a nossa história seja restabelecida, com todas as contradições que ela carrega.

Frio, vinho e smart city

Uma ótima terça-feira para você!

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