Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) estão entre os oito governadores que não comparecerão à extensa programação organizada pelo Palácio do Planalto para relembrar o 8 de janeiro em um evento denominado de "Democracia inabalada".
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Uma série de ações programadas para esta segunda-feira (8) vai relembrar os protestos do 8 de janeiro de 2023 registrados no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF), que culminaram com a prisão de mais de mil pessoas que se manifestavam em Brasília.
A assessoria de Tarcísio de Freitas afirmou que o governador está em férias e, nesta segunda-feira, estará em trânsito para retornar a São Paulo. Ele deve retomar as atividades oficiais na terça-feira (9).
Ratinho Junior enviou uma correspondência ao Planalto na qual agradeceu o convite e desejou “pleno sucesso no evento, esperando que as discussões e ações empreendidas fortaleçam ainda mais os alicerces da democracia em nosso país”, mas ponderou que nesta data estaria impossibilitado de comparecer ao evento “por compromissos previamente agendados”. O estado do Paraná não confirmou se enviou representantes à solenidade.
O principal ato está agendado para as 15h com a presença do presidente Lula (PT), do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), do presidente do STF, Luis Roberto Barroso, além de representantes dos Executivos estaduais e outros convidados. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), não deve comparecer à solenidade São aguardadas ao menos 500 pessoas nesta agenda. O presidente Lula tem defendido que o encontro é para “reafirmar a importância do regime democrático”.
Os governadores que não vão a Brasília
Além de Tarcísio e Ratinho Junior, os governadores que afirmaram que não vão à solenidade são: Eduardo Riedel (PSDB), governador do Mato Grosso do Sul; Ronaldo Caiado (União), governador de Goiás; Mauro Mendes (União), governador do Mato Grosso; Gladson Cameli (PP), governador do Acre e Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal.
Ibaneis Rocha chegou a ser afastado do cargo após o 8 de janeiro de 2023, sob a justificativa, alertada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes de “omissão e a conivência de diversas autoridades da área de segurança e inteligência no episódio” citando a “falta de policiamento adequado, a permissão para que mais de 100 ônibus ingressassem em Brasília sem escolta e a inércia no desmonte do acampamento bolsonarista no QG do Exército”.
Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, que não tinha presença confirmada até o fim da semana passada, afirmou nesta segunda que vai à solenidade na capital federal.
6 mil atos e mais de mil prisões
No balanço divulgado no fim de semana pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, que conduz o inquérito do 8 de janeiro, consta que durante um ano foram mais de 6 mil decisões relacionadas ao caso, com ao menos 255 operações de busca e apreensão (2023).
Nesta segunda foi deflagrada uma nova operação. Neste último ano foram, segundo Moraes, 350 quebras sigilos telemáticos e bancários. No dia das manifestações foram presas 243 pessoas dentro dos prédios públicos e praça dos Três Poderes. Em 9 de janeiro foram conduzidas mais de 2 mil pessoas que estavam acampadas no Quartel General em Brasília, das quais 1.154 ficaram presas. Ao longo de 2023 foram 81 pessoas presas em diferentes locais do país suspeitas de ligações com os atos. No mês passado havia 70 presos. Neste um ano, a Procuradoria-Geral da República (PGR) ofereceu 1.345 denúncias recebidas pelo STF.
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