| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Segundo colado nas pesquisas de intenção de voto, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) afirmou que não pretende se licenciar do mandato de deputado federal, mesmo quando a campanha começar de fato, em agosto. “Não pretendo me licenciar. A princípio não. Vou viver como?”, declarou. Ele disse que vai cumprir “o mínimo de presença na Câmara”. “É um direito meu”, afirmou.

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Bolsonaro disse também ter se preparado para fazer campanha com R$ 1 milhão, bem abaixo do teto de R$ 70 milhões estabelecido pela Justiça Eleitoral. “Acredite se quiser. Não precisa mais do que isso”, afirmou.

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O pré-candidato criticou também possíveis rivais na disputa. Sobre Joaquim Barbosa (PSB), o deputado disse que é preciso questionar a atuação do ex-ministro no Supremo Tribunal Federal e minimizou o desempenho dele na última pesquisa Datafolha, divulgada no domingo (15). “Ele foi sondado mais de um ano atrás e está nessa faixa de 7%, 8%. Então, mantém o nível de um ano atrás”, afirmou.

Segundo o presidenciável, o ex-ministro deverá começar a “levar tiro”. “Tem que ver as bandeiras dele, o que ele defende, perguntar questões básicas, por exemplo, a questão do abordo, da maioridade penal, do desarmamento. A vida pregressa dele dentro do Supremo vai ser questionada. Ele votou para que o (italiano Cesare) Battisti ficasse no Brasil”, declarou.

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O presidenciável do PSL também criticou o Ministério Público por ter, na avaliação dele, “aliviado” o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB). “O MP aliviou o Alckmin, né. Transformou uma questão que seria criminal em crime eleitoral”, declarou Bolsonaro. Ele se referia à decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que, atendendo pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), transferiu para a Justiça Eleitoral o processo de suspeita de caixa 2 contra o tucano, com base na delação da Odebrecht. A medida livrou Alckmin da Operação Lava Jato.

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Em sua avaliação, a pré-candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) não vai decolar. “É um bom garoto, tem futuro político pela frente brilhante, está tendo uma experiência que acho intimamente que nem ele acreditava ganhar a Casa”, disse.

Bolsonaro também questionou a atuação do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB) como presidente do Conselho de Administração do grupo J&F, que fechou acordo de delação premiada com a Justiça.

Ainda de acordo com o deputado do PSL, o empresário Flávio Rocha, dono das lojas Riachuelo e presidenciável pelo PRB, também não se viabilizará. “Ele está com 1%”, afirmou.

Metodologia da última pesquisa Datafolha

A pesquisa Datafolha, que foi feita entre quarta (11) e sexta-feira (13) teve como base 4.194 entrevistas em 227 municípios. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob número BR-08510/2018.