A crise criou um mercado paralelo de cilindros de oxigênio, fazendo com que empresas cheguem a esconder os produtos para se aproveitar a hiperinflação causada pela escassez.
A crise criou um mercado paralelo de cilindros de oxigênio, fazendo com que empresas cheguem a esconder os produtos para se aproveitar a hiperinflação causada pela escassez.| Foto: Michael DANTAS / AFP

O número de pacientes que morreram por falta de oxigênio hospitalar chegou a 24 no Amazonas e no Pará. Na segunda (18), ao menos seis pessoas da mesma família morreram por asfixia na cidade de Faro, Pará. A realidade no local, de 12 mil habitantes, é de colapso na rede da saúde. O município fica na divisa com o Amazonas, Estado que ainda não resolveu a crise de abastecimento do insumo, que se estende há pelo menos 13 dias.

Na última semana, outras 18 pessoas morreram asfixiadas em três cidades amazonenses, conforme governos locais e o Ministério Público. Balanços extraoficiais de prefeituras e médicos apontam um total de 35 óbitos. Em Coari, a 362 quilômetros de Manaus, foram confirmados sete óbitos de domingo para segunda por falta de oxigênio no hospital regional.