“Cada vacina tem características diferentes. Precisamos aproximar um pouco mais do momento da chegada para fechar o plano logístico”, disse Pazuello.
“Cada vacina tem características diferentes. Precisamos aproximar um pouco mais do momento da chegada para fechar o plano logístico”, disse Pazuello.| Foto: Carolina Antunes

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, reconheceu nesta quinta-feira (26), o aumento de casos e óbitos pela Covid-19 no Brasil. Antes a pasta culpava dificuldade de acesso a dados, por um ataque hacker recente, para desviar do assunto. "No Sul e Sudeste o repique é mais claro. No Norte e Nordeste é bem menos impactante, com algumas cidades fora da curva. O Centro-Oeste é mais no meio do caminho. Sim, isso é repique da nossa pandemia", disse Pazuello durante evento no Ministério da Saúde sobre cuidado e prevenção à prematuridade.

Pazuello minimizou também a falta de plano de vacinação sobre a Covid-19. Ele afirmou que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) tem "a maior expertise do mundo" no tema, e que o plano deve ser divulgado quando houver sinal mais concreto sobre quais vacinas serão distribuídas ao SUS. "Cada vacina tem características diferentes. Precisamos aproximar um pouco mais do momento da chegada para fechar o plano logístico", disse. Ele afirmou que estudos sobre público-alvo já foram feitos.

Durante a cerimônia, Pazuello disse que não há uma "segunda onda", mas um "repique" da pandemia. Ele afirmou que a Europa vive um novo surto, mas que o termo "onda" deveria ser usado de outra forma. Na sequência, ele disse que há quatro ondas em crises deste tipo: a doença que causa a pandemia, além de seus "surtos" ou "repiques"; agravamento de outras doenças que foram negligenciadas na crise; aumento de conflitos dentro de casa, como feminicídios e uma onda final de piora da saúde mental.