Frederick Wassef
Frederick Wassef: investigação do caso Queiroz liga o advogado à delação dos donos da JBS.| Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

A Procuradoria-Geral da República solicitou ao empresário Joesley Batista e demais delatores da J&F que expliquem pagamentos de R$ 9,83 milhões da JBS (empresa que faz parte do grupo) ao advogado Frederick Wassef entre 2015 e 2020. As movimentações financeiras foram detectadas pelo Coaf em um relatório de inteligência financeira encaminhado ao Ministério Público do Rio de Janeiro, que investiga o esquema de rachadinha no gabinete do ex-deputado estadual e hoje senador Flávio Bolsonaro, ex-cliente do advogado. A apuração da PGR não é sobre a conduta de Wassef, que sequer será ouvido neste momento. O que procuradores buscam esclarecer é se houve omissão por parte de delatores por deixarem de informar os pagamentos em seus acordos de colaboração. A PGR já rescindiu acordos de colaboradores da companhia, entre eles Joesley e Wesley Batista, em 2017, mas o STF ainda não decidiu pela homologação e os advogados dos delatores tentam salvar os acordos por meio de uma repactuação, que até agora não foi aceita.