Manifestantes que se aglomeram em frente à Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, para aguardar o depoimento do ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro, hostilizaram profissionais da imprensa na manhã deste sábado (02). Um manifestante chegou a tentar derrubar a câmera do cinegrafista Robson Willian da Silva, da TV Record. Após a confusão, a Polícia Militar fez um cordão de isolamento no local.
Segundo Silva, o manifestante chegou a tentar agredi-lo, mas foi contido por outras pessoas que estavam no local e pela Polícia Militar. O cinegrafista contou que não houve confronto físico e que conseguiu impedir que o equipamento fosse derrubado.
Outros profissionais da imprensa também estão sendo hostilizados por manifestantes, que se dividem em dois grupos: um apoia o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e acusa Moro de ser um "traidor"; e outro defende o ex-ministro. A Polícia Militar está em frente à Superintendência da PF desde cedo, mas só isolou os manifestantes em dois grupos, separados da imprensa, depois da confusão envolvendo a equipe da TV Record.
Moro ainda não chegou para prestar o depoimento à PF. A oitiva estava marcada, a princípio, para às 11 horas, mas o horário foi alterado e a expectativa é que o depoimento comece por volta das 14 horas.
O depoimento foi determinado por uma decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito aberto para investigar as acusações de Moro de que Bolsonaro teria tentado interferir politicamente na PF ao exonerar Maurício Valeixo, então diretor-geral da corporação, no dia 24 de abril.
Além de hostilizar a imprensa, os manifestantes que estão no local também trocam ofensas entre si.
Veja imagens do momento da confusão:
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