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Ao discursar na caminhada pela anistia, em Brasília, o pastor Silas Malafaia agradeceu ao ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), por ele ter acabado com a “farsa do golpe” e desmascarado o ministro Alexandre de Moraes. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também agradeceu Fux por ter sido “sensato” ao votar em favor da cabeleireira Débora Rodrigues, que escreveu com batom a frase "perdeu, mané" na estátua "A Justiça", que fica em frente ao STF, durante os atos de 8 de janeiro.
Enquanto Moraes votou para condenar a mulher a 14 anos de pena por cinco crimes, Fux determinou um ano e meio de reclusão, penalidade quase dez vezes menor.
"O ministro Fux acaba com a farsa do golpe. O ministro Fux desmascarou [o ministro do STF] Alexandre de Moraes. Ele disse: não tem prova de golpe de Estado, não tem prova de associação armada, não tem prova de abolição violenta do Estado Democrático", disse o pastor, salientando que a anistia é prerrogativa do Legislativo. "STF não pode meter o bedelho", finalizou.
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O organizador do ato desta quarta-feira, o pastor, reforçou que o julgamento é uma atribuição do Poder Judiciário, enquanto destacou que a decisão sobre a “anistia” cabe exclusivamente ao Poder Legislativo. Ao encerrar seu discurso, ele fez um apelo direto ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para que pautem e coloquem em votação o projeto que concede anistia aos presos do 8 de janeiro.
Bolsonaro participou do evento, apesar da orientação de seus médicos para evitar estar em meio a grandes públicos por pelo menos três semanas. O ex-presidente recebeu alta no fim de semana, após fazer uma cirurgia no intestino e ficar internado por 22 dias, devido a complicações do atentado que sofreu em 2018.
Ao fazer um breve discurso para a multidão, ele defendeu que a decisão sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 é uma prerrogativa do Congresso e "ninguém tem que se meter".
"Quem esperava um público como esse em Brasília no meio da semana? Ninguém esperava. A presença de vocês aqui é a certeza de que estamos no caminho certo. A anistia é um ato político e privativo do parlamento brasileiro. O parlamento votou, ninguém tem que se meter em nada", afirmou o ex-presidente.