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O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou a homologação da delação premiada de Ronnie Lessa.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou a homologação da delação premiada de Ronnie Lessa.| Foto: EFE/Andre Borges.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou nesta terça-feira (19) que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes homologou a delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de ser um dos executores do assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes.

"Eu acabo de estar com o ministro Alexandre de Moraes, que me comunicou oficialmente que homologou a colaboração premiada do ex-policial Ronnie Lessa, depois de ter passado ontem em uma audiência com o juiz auxiliar do ministro", disse Lewandowski em entrevista coletiva no início desta noite.

O ministro afirmou que o processo tramita em sigilo e que ele não teve acesso ao conteúdo da delação. Ele destacou que a delação traz “elementos importantíssimos que nos levam a crer que brevemente nós teremos a solução” do crime.

“[O processo] está agora nas competentes mãos do ministro Alexandre de Moraes e dentro em breve teremos os resultados daquilo que foi apurado pela competentíssima ação da Polícia Federal, que em um ano chegou a resultados concretos nessa investigação”, ressaltou o ministro.

A investigação foi encaminhada ao Supremo no último dia 11 pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Moraes foi sorteado para ser o relator do caso. Uma das justificativas para a remessa dos autos ao STF pode ser o suposto envolvimento no caso de uma autoridade com foro privilegiado na Corte.

Contudo, o motivo da movimentação do processo não foi confirmado pela Polícia Federal, que investiga quem seria o mandante do crime, informou a Agência Brasil. Entre as autoridades que possuem foro por prerrogativa de função estão o presidente e o vice-presidente da República, senadores, deputados federais e membros dos tribunais superiores e do Tribunal de Contas da União (TCU) e embaixadores.

Além de Lessa, o ex-policial militar Élcio de Queiroz, investigado como um dos autores dos disparos, também acertou um acordo de delação com a PF e com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). Há seis anos, em 14 de março de 2018, Marielle e Anderson foram baleados dentro do carro após deixarem um evento na região central do Rio.

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