O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes incluiu nesta quarta-feira (25) o relatório final da CPMI do 8 de janeiro nos inquéritos das fake news e das milícias digitais que tramitam na Corte. O magistrado também incluiu o parecer à petição que apura suposta espionagem ilegal por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
A senadora Eliziane Gama (PSD-AM), relatora da comissão, pediu o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como suposto autor intelectual dos atos de vandalismo. Nesta terça (24), a senadora e outros parlamentares da base governista entregaram o documento a Moraes.
“O relatório final aponta, inclusive, o reiterado procedimento atentatório à Democracia adotado pelas milícias digitais, além do aparelhamento da Polícia Rodoviária Federal e do desvirtuamento do órgão central de inteligência como graves instrumentos de ataques ao sistema eleitoral e suas instituições, em especial o Supremo Tribunal Federal e Tribunal Superior Eleitoral”, apontou o ministro na decisão.
Sobre a PRF, o ministro se refere a uma série de operações e blitz realizadas pelo país, mas principalmente no Nordeste, durante o segundo turno da eleição. Para o magistrado, tanto a investigação do colegiado quanto a dos inquéritos do STF se relacionam.
“Da mesma maneira, a CPMI investigou as tentativas de obstrução das eleições, e posteriormente, de sua anulação, com bloqueios de rodovias, acampamentos golpistas, a presença de grupos paramilitares, a noite de vandalismo de 12 de dezembro, a tentativa de explosão do aeroporto em 24 de dezembro”, acrescentou.
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Leia o relatório completo da Câmara dos EUA que acusa Moraes de censurar direita no X
-
Revelações de Musk: as vozes caladas por Alexandre de Moraes; acompanhe o Sem Rodeios
-
Mundo sabe que Brasil está “perto de uma ditadura”, diz Bolsonaro
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Governo Tarcísio vê sucesso na privatização da Emae após receber três propostas
Lira ensaia reação ao Judiciário e acena com pautas para garantir prerrogativas parlamentares
Vice-presidente da CCJ na Câmara cogita pautar propostas em defesa da vida e contra o aborto
Deixe sua opinião