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Oposição repudia denúncia da PGR contra Bolsonaro por tentativa de golpe

O ex-presidente Jair Bolsonaro esteve no Congresso, nesta terça-feira (18), após rumores da denúncia da PGR. (Foto: Saulo Cruz/Agência Senado)

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A Liderança da Oposição na Câmara dos Deputados divulgou, na noite desta terça-feira (18), uma nota de repúdio à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A PGR acusa Bolsonaro e ao menos 33 outras pessoas, acusadas por uma suposta tentativa de golpe de Estado, com abolição violenta do Estado Democrático de Direito e formação de uma organização criminosa.

“É imperativo destacar que tal denúncia carece de fundamentação jurídica sólida e parece estar alicerçada em interpretações subjetivas, desprovidas de evidências concretas que sustentem as graves acusações imputadas”, diz o deputado Luciano Zucco (PL-RS).

De acordo com o líder da oposição na Câmara, “a celeridade com que a Polícia Federal concluiu o inquérito e encaminhou relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF), sem a devida observância dos direitos constitucionais ao contraditório e à ampla defesa, suscita questionamentos acerca da imparcialidade e da isenção necessárias em investigações dessa natureza.

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Zucco reafirma o apoio da oposição ao ex-presidente e declara que Bolsonaro é “um líder que sempre se pautou pelo respeito à Constituição e ao Estado Democrático de Direito”.

“Rejeitamos com firmeza qualquer tentativa de criminalização de sua trajetória política e denunciamos essa ação como uma ofensiva seletiva com motivações que transcendem o campo jurídico. Seguiremos vigilantes e atuantes na busca pela verdade e pela justiça, garantindo que nenhum brasileiro – especialmente um ex-chefe de Estado – seja alvo de perseguição política disfarçada de procedimento legal”, conclui o deputado.

“Perseguição política”

Pela rede social, o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN) avaliou a denúncia como uma “injustiça” e “perseguição”. “Não se pode matar uma ideia! A injustiça, o arbítrio e a perseguição não conseguirão calar o sentimento da população e o que o presidente Jair Bolsonaro representa”, escreveu.

Para a líder da Minoria na Câmara, deputada Caroline de Toni (PL-SC), a denúncia contra Bolsonaro é uma “perseguição política” realizada por “patronos”. “Hoje, o maior líder deste país torna-se formalmente vítima da ditadura. Um processo cujos fundamentos são claramente políticos demonstra que o Estado Democrático de Direito não passa de letra morta. Quem coloca sua digital nisso não tem qualquer respeito pelo Brasil”, disse.

Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que se trata de uma denúncia vazia. "A tentativa de golpe nos prédios públicos vazios virou uma denúncia vazia, que não tem absolutamente NENHUMA PROVA contra Bolsonaro", afirmou no X. Ele também criticou o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o ministro Alexandre de Moraes.

Já a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) cobrou a votação do PL da Anistia com urgência. Segundo ela, o projeto “não é sobre impunidade, mas sobre corrigirmos excessos e evitarmos que brasileiros sejam injustamente tratados como criminosos por manifestarem suas opiniões”.

“A denúncia da PGR contra o ex-presidente só reforça a necessidade de aprovarmos a anistia. O Brasil não pode permitir que a perseguição política se torne arma contra aqueles que apenas expressaram sua indignação e lutaram por um país mais juros. Nosso compromisso é com a pacificação nacional, com a garantia do devido processo legal e com a proteção dos direitos fundamentais de todos os brasileiros”, declarou Zambelli.

Mais cedo, Bolsonaro participou de um encontro com a oposição no Senado Federal, para discutir as estratégias sobre as definições das presidências das comissões da Casa. Temas como o PL da Anistia e mudanças na lei da Ficha Limpa, que podem beneficiar Bolsonaro na disputa eleitoral de 2026, também entraram na pauta.

Ao final do encontro, Bolsonaro disse à imprensa que estava “zero preocupado” com a eventual denúncia da PGR. “Não tenho nenhuma preocupação com as acusações, zero”, disse o ex-presidente.

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