A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta quarta-feira (3) a abertura de inquérito para investigar o deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ) por ter dado um tapa no rosto do colega Messias Donato (Republicanos-ES). A agressão ocorreu durante a cerimônia de promulgação da reforma tributária no plenário da Câmara em dezembro do ano passado. O relator do caso é o ministro Cristiano Zanin.
Na ocasião, parlamentares da oposição estavam se manifestando contra a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no evento. Após uma breve discussão, Quaquá diz que vai acionar o Conselho de Ética contra opositores do governo que cantavam "Lula ladrão, seu lugar é na prisão". Donato aparentemente pede para ele se afastar e leva um tapa no rosto.
O momento foi gravado pela deputada Silvia Waiãpi (PL-AP). Antes da agressão, Quaquá fez uma ofensa aparentemente dirigida ao deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), chamando o parlamentar de “viadinho”. Logo após o episódio, Donato chegou a registrar uma ocorrência policial contra Quaquá por suposta prática do crime de injúria. O petista atua como vice-presidente nacional do partido de Lula.
Na manifestação, o vice-procurador-geral da República, Hindemburgo Chateaubriand, pediu ao STF que notifique Quaquá para que, se quiser, apresente explicações sobre o caso no prazo de 15 dias. Além disso, a PGR solicitou ao YouTube que preserve um vídeo com imagens do momento da agressão.
No dia 20 de dezembro de 2023, quando o episódio ocorreu, o deputado petista afirmou, em nota nas redes sociais, que o tapa foi uma “reação” a uma “agressão anterior”. Ele disse ter sido empurrado e acusou Donato de “proferir ofensas” contra Lula.
“Em relação ao incidente ocorrido, esclareço que minha reação foi desencadeada por uma agressão anterior. O deputado proferia ofensas contra o presidente da República quando liguei a câmera do celular com a intenção de produzir prova para um processo”, afirmou.
“Foi quando fui empurrado e tive o braço segurado para evitar a filmagem. Nunca utilizo a violência como método, mas não tolero agressões verbais ou físicas da ultra direita e sempre reagirei para me defender. Bateu, levou”, disse Quaquá à época.
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