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A CPI é presidida pelo deputado Chico Vigilante; o relator é o deputado Hermeto e a vice-presidente é a deputada Jaqueline Silva
A CPI é presidida pelo deputado Chico Vigilante; o relator é o deputado Hermeto e a vice-presidente é a deputada Jaqueline Silva| Foto: Rinaldo Morelli/ Agência CLDF

O relatório final da CPI dos atos do 8 de Janeiro da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), divulgado nesta quara-feira (29), pede o indiciamento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Marco Gonçalves Dias (conhecido como "G. Dias"), e de mais 135 nomes.

G. Dias, que é bastante próximo a Lula, entrou na mira da CPI após o vazamento de imagens internas do Palácio do Planalto no dia da “invasão”, que mostram o general passeando e interagindo tranquilamente com os manifestantes.

A lista também inclui nomes como o ex-coronel da Polícia Militar do DF, Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues;  a subsecretaria de Operações Integradas, coronel Cíntia Queiroz de Castro; o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), Fernando de Souza Oliveira; e o cacique José Acácio Serere Xavante.

O relatório não cita o ex-secretário de Segurança do DF, Anderson Torres, que passou quase quatro meses preso sob a acusação de suposta omissão diante dos atos de 8 de janeiro. Em maio, Torres teve a prisão convertida em medidas cautelares com o uso de tornozeleira eletrônica.

De acordo com o relator da CPI, o deputado Hermeto (MDB), não há motivos para pedir o indiciamento de Torres. “Ele estava fora do país e Fernando tinha plenos poderes para tomar atitudes”.

O relatório também não pede o indiciamento do coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Naime está preso desde o dia 7 de fevereiro por suposta omissão para conter os atos de 8 de janeiro.

Como noticiado pela Gazeta do Povo, nesta terça-feira (28), coronel Naime já precisou de atendimento médico em decorrência de graves problemas de saúde por, pelo menos, três vezes.

A esposa do militar, Mariana Adôrno Naime, afirmou à Gazeta que ele tem sofrido com “dormência nos braços e pés”, “muita dor de cabeça” e “vômito”.

Mesmo de férias no dia 8 de janeiro, o coronel Naime deixou sua residência para ajudar a conter os manifestantes. Durante a ação policial, o militar chegou a ser ferido com o disparo de um rojão. Em maio, a a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer a favor da manutenção da prisão do militar.

Também não é citado no relatório o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como queriam deputados da esquerda.

Integrante da Mesa da CPI, o deputado Fábio Félix (Psol) informou que apresentará um relatório paralelo com pedidos de indiciamento de Bolsonaro e dos generais Augusto Heleno, ex-ministro do GSI, e Gustavo Dutra, ex-comandante Militar do Planalto.

O relatório oficial está em votação neste momento na Comissão. Ao todo, a CPI ouviu 32 depoimentos, apreciou 208 requerimentos e teve mais de 100 horas de depoimento.

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