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Ao depor à Polícia Federal (PF), nesta terça-feira (6), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, optou pelo silêncio durante o interrogatório sobre queixas feitas por ele à Justiça dos Estados Unidos contra perseguição política do Supremo Tribunal Federal (STF).
A oitiva foi determinada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, depois que Valdemar justificou sua ausência em uma audiência da justiça americana com o fato de estar com o passaporte apreendido a mando de Moraes, no âmbito da operação Tempus Veritatis.
Nos EUA, Valdemar é parte em um processo que moveu contra a sua ex-esposa, Maria Christina Mendes Caldeira, por difamação.
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De acordo com uma reportagem da revista Veja, publicada no dia 27 de julho de 2024, as críticas de Valdemar ao STF constam no processo dele contra a ex-esposa.
À revista, Valdemar disse que o seu partido, o PL, é perseguido pelo STF e por um ministro da Corte.
Apesar de Valdemar não ter citado nomes, o ministro Alexandre de Moraes entendeu que o presidente do PL atribuiu “condutas inverídicas” aos integrantes da Suprema Corte e delegados da Polícia Federal.
No despacho contra Valdemar, que tem a reportagem da Veja como base, Moraes citou um trecho da declaração do presidente do PL com críticas à operação da PF que resultou em sua prisão em fevereiro deste ano.
“Dada a natureza trivial das acusações, eu acredito, e é até de conhecimento geral no Brasil, que essa prisão teve motivação política”, disse Valdemar à reportagem da Veja.
Valdemar foi preso por posse ilegal de arma durante as investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
À imprensa, a defesa de Valdemar disse que entregou um documento à PF com as explicações sobre a declaração do presidente do PL à reportagem da Veja.
Como a determinação de Moraes era para que Valdemar fosse ouvido no inquérito da operação Tempus Veritatis, a estratégia do presidente do PL foi interpretada como silêncio.
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