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Flamengo dá ponta pé em caminho independente sem volta
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Era basicamente um amistoso, um jogo sem qualquer valor, de um time classificado, num campeonato falido e contra um "timeco". É verdade que havia enorme demanda reprimida, após tanto tempo de isolamento por conta da pandemia, com jogos suspensos. Mas os números do FlaTV no jogo contra o Boavista nesta quarta foram espantosos mesmo assim.

A transmissão bateu 14 milhões de visualizações! Havia mais de 2 milhões de acessos simultâneos. Os inscritos no canal passaram de 4 milhões. Foi a maior live esportiva da história do YouTube no mundo, e entre as dez maiores em qualquer categoria. É de cair o queixo!

Especialmente da turma responsável pelo esporte de certa emissora... Não resta dúvida de que essa largada impressionante vai animar a diretoria não só do Mengão, mas de outros times. Graças a uma decisão por MP do presidente Bolsonaro, os times gozam agora de independência para escolher onde transmitir quando forem os mandantes. Isso é revolucionário. Falei sobre isso no Jornal da Manhã de hoje:

O futebol brasileiro movimenta rios de dinheiro. É natural uma disputa acirrada por poder e controle. Mas o que observamos ontem parece um caminho sem volta. Da mesma forma que as redes sociais trouxeram maior independência política, o mesmo vale para os esportes. Os intermediários tremem, com razão.

Esse é mais um aspecto de destaque para essa diretoria do Flamengo, que já tinha feito um excelente trabalho ao organizar as finanças e colocar ordem na casa. O resultado se mostra dentro do campo. Em vez de inveja, os demais times deveriam mirar no bom exemplo e fazer a mesma lição de casa.

escrevi um texto, com base em artigo do Gabeira, alegando que o Flamengo é uma espécie de microcosmos do Brasil. Se conseguiram ajeitar as coisas por lá, então é sinal de que o Brasil todo tem jeito sim! Uma diretoria profissional, cobrada por um conselho sério e uma torcida apaixonada, que deseja resultados concretos: a fórmula funcionou.

No Brasil, a torcida somos todos nós, patriotas que querem ver essa nação dar certo. A diretoria profissional deve ser uma equipe técnica, formada por gente séria. O conselho são os ministérios que exigem resultados. O presidente precisa romper com os grupos de interesses que dominavam a cena antes.

O Brasil está mudando. Era impensável, há alguns anos, a Rede Globo perder tanto poder em pouco tempo. Para piorar a situação, a emissora sofreu duas derrotas na Justiça do Rio, o que não tem precedentes. Estamos diante de placas tectônicas em movimento, com uma visível transferência de poder para o povo, melhor representado nas redes sociais do que na grande mídia.

Não vai adiantar remar contra essa maré. Ela veio para ficar - e varrer aqueles obsoletos que se negarem a admitir a nova realidade.

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