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Guedes não defendeu AI-5: condenou irresponsabilidade da esquerda radical
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira que não é possível se assustar com a ideia de alguém pedir o AI-5 diante de uma possível radicalização dos protestos de rua no Brasil.

Durante entrevista coletiva em Washington, Guedes comentava a convulsão social e institucional em países da América Latina e disse que era preciso prestar atenção na sequência de acontecimentos nas nações vizinhas para ver se o Brasil não tem nenhum pretexto que estimule manifestações do mesmo tipo.

"Sejam responsáveis, pratiquem a democracia. Ou democracia é só quando o seu lado ganha? Quando o outro lado ganha, com dez meses você já chama todo mundo para quebrar a rua? Que responsabilidade é essa? Não se assustem então se alguém pedir o AI-5. Já não aconteceu uma vez? Ou foi diferente? Levando o povo para a rua para quebrar tudo. Isso é estúpido, é burro, não está à altura da nossa tradição democrática."

"Chamar o povo para rua é de uma irresponsabilidade. Chamar o povo para rua para dizer que tem o poder, para tomar. Tomar como? Aí o filho do presidente fala em AI5, aí todo mundo assusta, fala o que que é? (...) Aí bate mais no outro. É isso o jogo? É isso o que a gente quer? Eu acho uma insanidade chamar o povo para rua para fazer bagunça. Acho uma insanidade."

Muitos entenderam que o ministro estaria defendendo o AI-5, o que é injusto. Sua fala pode ter sido um erro, mas o ministro não está banalizando o instrumento do regime militar, e sim explicando que é uma reação natural para parte da população diante da baderna promovida pela extrema esquerda. Uma reação com o fígado, talvez, mas uma reação que muita gente tem ao ver os radicais tocando o terror.

A esquerda jurássica não sabe perder nas urnas. Guedes aponta para isso, fala que estamos com menos de um ano do governo, que venceu para levar sua agenda reformista adiante, e que a esquerda lulista quer virar o jogo no "tapetão", incitando a bagunça. E esse risco não é tese conspiratória.

“Quando as grandes manifestações ecoarem no Brasil, porque vão ecoar, nós temos de estar preparados para ajudar a conduzi-las", afirmou Gleisi Hoffman, presidente do PT. Lula já falou em "exército de Stedile" antes, e o editorial do GLOBO, um jornal com viés "progressista", admitiu ontem o dedo de Havana e Caracas nessas manifestações violentas, orquestradas pela esquerda radical:

O Chile decidiu expulsar trinta cidadãos de Cuba e nove da Venezuela presos sob a acusação de incitar e participar de violentas manifestações de rua que imobilizam o país há um mês. A Bolívia expulsou todos os funcionários da Embaixada da Venezuela em La Paz e rompeu relações com o regime ditatorial de Nicolás Maduro. Ao mesmo tempo, anunciou a repatriação de 725 cubanos do programa de assistência médica. O Equador, também, resolveu encerrar os acordos com Cuba, sobretudo na área médica, que permitiram a residência temporária de 3.565 funcionários cubanos.

Governos desses três países indicaram uma suposta interferência de Caracas e de Havana em assuntos domésticos, durante a convulsão social já controlada no Equador, mas que ainda aflige o Chile e a Bolívia.

[...] Há evidências sobre a interferência de agentes da Venezuela e de Cuba nos protestos em curso na América do Sul. Embora os objetivos sejam obscuros, a intervenção tem até um porta-voz em Caracas.

Diosdado Cabello, um dos mais influentes personagens do condomínio de poder chavista, há semanas ocupa a rede oficial de televisão e rádio para incitar o avanço daquilo que define como “grande furacão bolivariano” na América do Sul. “Bolívia é a faísca que vai incendiar tudo”, discursou na semana passada.

Ou seja, estamos lidando com grupos criminosos, terroristas, dispostos a tudo para voltar ou permanecer no poder. E é nesse contexto que Guedes alerta: chega de irresponsabilidade! Aceitem a derrota nas urnas! Temos uma agenda reformista para tocar!

A fala do presidente, ao sugerir uma GLO para lidar com os baderneiros, vai na mesma linha. Bolsonaro deixa claro que está falando de atos extremos, terroristas.

“Vai tocar fogo em ônibus, pode morrer inocente, vai incendiar bancos, vai invadir ministério, isso aí não é protesto. E se tiver GLO já sabe que, se o Congresso nos der o que a gente está pedindo, esse protesto vai ser simplesmente impedido de ser feito", afirmou o presidente. A fala de Bolsonaro é sobre o projeto enviado ao Congresso na última semana que retira a punição a policiais em operações. "O Parlamento é quem vai dizer se quer que a gente venha a combater esses atos terroristas ou não”, afirmou.

Ou seja, não se trata de uma proposta autoritária para impedir protestos normais, manifestações legítimas e democráticas, mas sim de um alerta de que as forças do estado podem agir para impedir o caos e a desordem patrocinados pela esquerda carnívora. Estão querendo ver autoritarismo no ministro e no presidente, mas deveriam contextualizar suas falas e enxergar a real ameaça onde ela está: no tom revolucionário e criminoso usado pelo PT, que pretende importar para o Brasil o clima de anomia do Chile, produzido artificialmente pela esquerda.

Se não houver baderna generalizada promovida pela esquerda lulista, não haverá motivo para preocupação, e o governo pode tocar sua pauta de reformas. É tudo que Guedes deseja. É tudo aquilo que Lula não quer!

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