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O coronavírus foi usado politicamente e os pobres pagarão por isso
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Por Juliano Oliveira, publicado pelo Instituto Liberal

O coronavírus parece ser uma farsa ideológica que recebeu um suporte pseudocientífico que objetiva a destruição completa da livre associação entre pessoas e empresas possibilitada pelo capitalismo de livre mercado.

Não, isso não é teoria da conspiração. Não estou, com estas palavras, negando a existência do vírus. Farsa, aqui, refere-se muito mais ao uso que se faz do vírus do que à sua própria existência. Liberais e libertários não negam a existência do vírus e nem a sua seriedade. O que alguns liberais e libertários, como defensores de um estado minimalista (no caso do primeiro grupo) ou de sua completa extinção (caso do segundo grupo), jamais deveriam negar é que o Estado possui o monopólio da coerção e sempre fará uso das oportunidades proporcionadas por pandemias para lançar seus tentáculos ditatoriais contra as liberdades civis.

O que se vê em grande parte do movimento liberal e mais raramente no libertário, nestes dias, é a completa ignorância em relação às ações adotadas pelo Estado. Há supostos libertários (os quais, em tese, são totalmente contrários à existência do Estado e, por tabela, contrários a um modelo de saúde estatal) defendendo que as ações do Estado em tempos excepcionais são legítimas. Liberais como Ludwig von Mises, que já provaram a impossibilidade do cálculo de preços e lucros sob um sistema de saúde amparado por um modelo intervencionista-socialista, tiveram suas vastas contribuições bibliográficas resoluta e deliberadamente distorcidas apenas para servir aos propósitos “liberais” que insistem em que não há nada de errado com as ordens draconianas do Estado.

Governos do mundo todo decretaram o fechamento compulsório de empresas, o encarceramento de inocentes em suas próprias residências e a perseguição policial contra “insurgentes” que cometem o crime de não respeitar as ordens oficiais. Tudo isso sob a promessa de que as receitas perdidas pelas empresas e pelas famílias seriam cobertas, respectivamente, por crédito facilitado e medidas de auxílio financeiro. O problema é que o governo não produz riqueza, produz dinheiro. Quem produz riqueza é a iniciativa privada. O governo produz dinheiro ao colocar a sua impressora para criar papel-moeda e distribui-lo às famílias como compensação pelas perdas de empregos que só ocorreram, ressalte-se, porque a única resposta possível aos olhos de nossos governantes para a contenção do alastramento do vírus foi o encarceramento (posição vergonhosamente referendada pelo judiciário e por alguns liberais, reforço).  A impressão de dinheiro, numa combinação explosiva com a interrupção de oferta, só pode causar um aumento vertiginoso de preços. Os mais pobres, já castigados pelas medidas restritivas, verão seu poder de compra ser completamente destruído pela inflação de preços.

Paralelamente a isso, a farsa do coronavírus deu uma “mãozinha” para grupos terroristas que, mascarados, depredam lojas e propriedades privadas (agravando o problema do desemprego) sem se preocupar com uma possível identificação de seus rostos. Como disse Cheryl Chumley em artigo para o Ron Paul Institute, a pandemia inaugurou um novo capítulo para o terror. Nas palavras do autor:

 “A maioria das cidades, municípios e comunidades possui disposições locais de segurança que tornam ilegal o uso de coberturas faciais e capuzes com a intenção de disfarçar – e se não forem proibidos por leis, os locais pelo menos franzem a testa para os revestimentos faciais, tornando-o estranho e suspeito de vê-los usados ​​em público.

Mas, e agora? Agora, “cobrir o seu rosto”, tornou-se política nacional”.

A tudo isso adicione-se a incompetência da OMS (Organização Mundial da Saúde), organização globalista que, em nome da ciência, de uma “ciência” ideologicamente alinhada com o comunismo chinês, ressalte-se, já mudou seu discurso científico diversas vezes. Ora assintomáticos não possuem potencial de espalhar a doença em larga escala, ora a coisa não é bem assim. Tudo varia em função das pressões externas do jogo político ideológico.

Aceitem ou não seus desafetos, embora Bolsonaro tenha pecado ao minimizar as mortes que o Covid-19 causaria, ao menos estava certo em sua afirmação de que o povo estava sendo enganado. Não só foi enganado como contou com a ajuda de intelectuais liberais e alguns autointitulados libertários que, desde o início da pandemia e da imposição da quarentena, têm defendido que devemos obedecer à comunidade médica internacional e às recomendações da própria OMS e que não se curvar a esses ditames seria anticientífico e irracional.

Minha tese, diante dessa incongruência, é a de que atacar o presidente chamando-o de reducionista é o que confere a alguns liberais algum sentimento de superioridade em relação aos seus pares que insistem em apontar para os fatos incômodos.

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