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O que é extremo e o que é equilíbrio?
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Desafio o leitor a me mostrar, na grande imprensa, o uso da expressão "extrema esquerda". Não encontrará. Nem mesmo comunistas defensores da ditadura cubana se enquadram no extremismo, a julgar por nossos jornalistas. Que, aliás, votam em peso nos deputados do PSOL como os melhores todos os anos, no Congresso em Foco.

Mas basta estar à direita dos tucanos, que são de esquerda, para já ser chamado, ou melhor, acusado de extrema direita. A tática é pérfida e expõe a ideologia hegemônica nas nossas redações, sempre simpatizando com o esquerdismo, mesmo o mais radical, e desprezando o conservadorismo. Foi o que aconteceu com a deputada Bia Kicis, sempre ponderada em suas posições, mas rotulada de extremista pela mídia:

Se eu pedir para o jornal apontar quais bandeiras da deputada se encaixam na definição de extremismo, ficarei sem respostas, na melhor das hipóteses, ou com uma lista de bandeiras bem razoáveis, como condenação do aborto, direito de ter armas e banir ideologia de gênero das escolas, o que revelaria o grau de esquerdismo do veículo de comunicação.

Nessa "revolução silenciosa" das últimas décadas, o radicalismo da esquerda foi absorvido como mainstream pelo "progressismo", e hoje até um Marcelo Freixo já pode ser considerado um moderado, enquanto qualquer conservador que defenda tradições e valores morais sólidos será tachado de radical.

A esquerda venceu a guerra cultural, por isso um Joe Biden é tratado como moderado enquanto emplaca uma agenda radical digna de um PSOL. Radicalismo ambiental, ideologia de gênero, aborto tardio, restringir o direito de ter armas, socialismo na saúde, tudo isso e muito mais se encontra na plataforma do seu governo.

Por outro lado, os "antas" repercutem a posição do PCdoB de que, com a deputada Bia Kicis na CCJ, não há como buscar equilíbrio:

Quem quer equilíbrio com comunistas não é um moderado, mas sim um inocente útil; quem condena comunistas não é um extremista, mas sim alguém com um mínimo de decência e bom senso. Mas é exatamente essa a posição da nossa imprensa em geral: basta atacar comunas para ser um extremista de direita. Lamentável...

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