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Paixões nacionais: estatismo e compadrio
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Por Alex Pipkin, publicado pelo Instituto Liberal

Escrevi pequeno artigo sobre a fantástica peripécia da turma e dos mitos esquerdistas que, em verbalizando palavras sem sentido, totalmente desconexas, de significados completamente vazios, conseguem ludibriar a galera rubra.

Alguns inclusive, como “o grande educador Paulo Freire”tornam-se ainda ídolos de seus incautos sectários.

Um de seus batutinhas atacou-me, afirmando que sou apoiador somente daqueles “que são de direita e do bem”.

Nada surpreendente: notórios difamadores, falta de estudo e conteúdo, além do fenômeno da projeção!

Não tenho bandido de estimação, e faz bastante tempo que venho dizendo que entre os principais problemas na terra do pau brasilis estão, seguramente, a mentalidade e a cultura da dependência!

Desde que os portugueses aportaram por aqui, o “independente” brasileiro deseja viver das dádivas do grande Estado – apesar de pagar impostos escorchantes!-, e pseudo empresários capitalistas, através de acordos nada republicanos com as autoridades palacianas, protegem-se da efetiva concorrência via intervencionismo estatal, ou seja, estatismo e compadrio.

Esta semana um colega professor escreveu-me dizendo que é contrário às privatizações nos “setores estratégicos”, uma espécie do retrógrado e apaixonado discurso “a Petrobras é nossa!”. Tal interesse ingênuo mata, literalmente! Similarmente, mitiga as possibilidades do país de ingressar em genuíno ambiente de liberdade econômica e individual, gerador de empregos e maior prosperidade para todos.

Embora uma minoria tenha engordado por meio das fartas tetas estatais, o leite secou para todos. Ademais, parte da sociedade não suporta mais um status quo que privilegia apenas uma casta estatal.

Na mesma semana, preparando material para curso, defrontei-me com exclusiva aberração nacional, relacionada com os clássicos intervencionismo e compadrio.

Desde 1987, quando comecei a trabalhar com comércio exterior, a Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro já estava indo à bancarrota e, a partir de lá até o presente momento, os consumidores nacionais continuam vergonhosamente pagando mais caro por produtos importados, uma vez que empresas no Brasil são obrigadas a pagar o AFRMM – Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante.

Embora o Brasil não tenha sequer uma embarcação de marinha mercante, o adicional é de 25% do valor do frete internacional, tributado em cascata! Além disso, o AFRMM também é coletado em alguns tráfegos nas operações de cabotagem – transporte marítimo doméstico -, entre portos brasileiros.

Várias outras formas de intervenção estatal na navegação, como a exigência de bandeira nacional no importante tráfego ente Brasil e Chile, p.e., inibem a concorrência no setor. Nesta rota de comércio, ironicamente Maersk, dinamarquesa e Hapag-Lloyd alemã, oligopolizam o transporte marítimo, tendo em vista que possuem bandeira brasileira e chilena, respectivamente.

O Brasil não tem condições de ser competitivo no transporte marítimo internacional, já que nossas empresas não participam das cadeias globais de valor, portanto não há volumes e possibilidades de se alcançarem custos competitivos em razão da falta de economias de escala.

O AFRMM é de fato uma intervenção estatal nefasta, servindo para beneficiar grupos de interesses que atuam politicamente no setor portuário e petrolífero.

Gostaria imensamente de saber para onde vão os recursos arrecadados, fruto dessa inconcebível intervenção estatal. Creio que por óbvio servem para engordar o bolso de uma corja de corruptos!

Tais intervenções absurdas e imorais precisam definitivamente terminar para o bem da salutar economia de mercado e bolsos dos combalidos brasileiros!

Como é complexo exterminar a herança e a presença dessa mentalidade e cultura da dependência enraizada na retina nacional! Porém, como diz o ditado “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, continuo com um fio de esperança no fortalecimento dos incentivos para “se andar com as próprias pernas” e para frente!

De parte de políticos indecentes que se servem do país, parcela do funcionalismo interesseiro e de empresários incompetentes, dá para se entender comportamentos oportunistas e rentistas – não querem ceder um milímetro sequer…

A fim de cambiar o mindset da “mãe Estado” para a generalidade dos comuns, será preciso continuar batendo forte na tecla da liberdade individual e econômica como caminho sustentável para o crescimento.

Não quero compartilhar o autoritarismo da resistência colorada, mas não daria para deixar de lado um pouco de comprovadas falácias em prol do melhor para todos?

Sinceramente, é muito duro aguentar a turma do quanto pior melhor e os brados de ordem “o petróleo é nosso” em pleno 2020, não é mesmo?

Será que um dia esse papinho morfético irá arrefecer?!

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