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Vida não tem preço! Mas tem custo…
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O lucro ou as pessoas? Esse foi o falso dilema que o radical esquerdista Noam Chomsky apresentou como título de um livro. E são muitos os que caem nessa ladainha, repetindo de forma sensacionalista que a vida humana não tem preço.

É claro que seu valor não-monetário é infinito, ao menos para quem acredita que se trata de algo sagrado. Mas a vida tem preço sim; ou melhor: ela tem custo! E esse é medido pela necessidade de alocação de recursos escassos na economia.

Não vivemos, como "pensam" os comunistas, num estado de plena abundância natural. Ao contrário: a miséria é o estado da natureza. E foi o capitalismo e o livre mercado que retiraram centenas de milhões da pobreza, ou permitiram a existência de bilhões no planeta.

Quem diz que uma vida não tem preço, portanto, mente de forma demagógica para "lacrar". Morrem milhares todos os anos em acidentes de carro. A decisão é acabar com esse meio de transporte, por acaso? Morrem africanos na miséria aos lotes por dia: então não podemos ter um animal de estimação, pois isso seria "valorizar" a vida dele mais do que a de seres humanos?

O que essa premissa e esse "raciocínio" fazem é nos levar ao comunismo populista, do tipo "troque seu cachorro por uma criança pobre". Ninguém poderia consumir absolutamente mais nada supérfluo enquanto uma só vida estivesse em perigo e pudesse ser salva com algum recurso. Alguém vive assim? Certamente não os comunistas hipócritas...

Construir um leito de UTI custa recursos escassos, que poderiam salvar outras vidas. O cobertor é curto. Se você destina recursos para construir pontes, isso significa menos recursos para plantar alimentos. A vida é feita de escolhas, e elas são melhores normalmente num ambiente de liberdade, não sob o planejamento centralizado do estado. Este, ainda mais se dominado por populistas, pode preferir investir em estádios de futebol em vez de hospitais, como fez o PT...

Quando Ronaldo Caiado e Rodrigo Maia falam que a preocupação com a economia agora vem de empresários gananciosos e investidores tensos com as bolsas, isso é pura demagogia. A paralisação econômica impõe custos altíssimos para milhões de pessoas, e não pode ser justificada com a narrativa sensacionalista de que "vida não tem preço". Para salvar algumas, podemos condenar tantas outras. O buraco é mais embaixo e a análise mais complexa.

No mais, não deixa de ser irônico, como apontou Paulo Mathias, ver esses "humanistas" considerando cada vida humana sagrada agora. Os grandes "defensores da vida" que diminuem a importância da economia, escreveu, são os mesmos que defendem o aborto por questões econômicas. Que coisa, né?

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