Policiais militares se envolveram em confrontos e mataram dois suspeitos em Santos e em São Vicente, no litoral de São Paulo, na nova Operação Escudo, que visa achar o criminoso que matou o policial militar da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), Samuel Wesley Cosmo, na sexta-feira (2). Em uma das trocas de tiros, um policial foi baleado no braço.
Cosmo foi enterrado na tarde deste sábado (3). Casado e pai de duas meninas, pertencia à 3ª Companhia da Rota. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foram ao sepultamento.
Na noite de sexta, o secretário da Segurança Pública do estado de São Paulo, Guilherme Derrite, publicou em sua rede social X (ex-Twitter) que estava em Santos, onde iniciou-se uma operação para localizar os criminosos e prestar apoio à família. No sábado, ele postou sobre estes dois confrontos, relatando que um dos policiais tinha sofrido um disparo no braço.
Por volta de 20h de sábado, em outra postagem, Derrite informou que policiais do 3º Batalhão de Choque, em operação na Baixada Santista e apoio à Operação Verão, depararam-se com indivíduos que atiraram contra a equipe e esclareceu: "Um deles, com passagens por roubo e furto, foi neutralizado e evoluiu para óbito. Seguiremos no combate ao crime”.
A Secretaria da Segurança Pública paulista informou que a polícia foi recebida a tiros em uma das incursões da operação em Santos. Um suspeito foi baleado e chegou a ser levado ao Hospital Vicentino, mas não resistiu. Já em São Vicente, os PMs deram ordem de parada a um segundo suspeito, que tentou fugir a pé e atirou na direção dos agentes. Nos dois casos foram encontradas armas e drogas com os criminosos.
A principal linha de investigação da morte de Cosmo é se o crime tem relação com a atuação do soldado na primeira Operação Escudo, que se intensificou em julho do ano passado após a morte do policial da Rota Patrick Bastos Reis.
Reis foi morto por criminosos durante patrulhamento no Guarujá, na Baixada Santista. Dias depois, 27 pessoas foram mortas durante uma operação e a atuação da Polícia Militar foi questionada por entidades em defesa dos Direitos Humanos.
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