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Moradores e lideranças comunitárias do Complexo do Alemão se reuniram na tarde desta segunda-feira com o comandante-geral das Unidades de Polícia Pacificadora, coronel Luis Cláudio Laviano. Durante a reunião, que teve a presença dos comandantes locais das UPPs de Nova Brasília, Fazendinha e Alemão, parentes de vítimas da violência falaram da falta de confiança no trabalho da polícia e reclamaram do abandono de projetos sociais por parte do Estado e do município.

Os deputados Carlos Minc e Alessandro Molon (PT) também estiveram presentes na reunião. Eles pediram a criação da Ouvidoria Paz na comunidade com os R$ 80 milhões doados pela Alerj destinados ao projeto de pacificação. Os parlamentares afirmaram ainda que pretendem levar as queixas da comunidade ao governador Luiz Fernando Pezão, numa reunião marcada para acontecer no próximo dia 7 de maio.

No início de abril, as mortes de dois moradores, entre eles uma crianças, causaram comoção. No dia 1º a dona de casa Elizabeth de Moura Francisco, de 41 anos, foi atingida por uma bala perdida dentro de casa na Favela Nova Brasília. No dia seguinte, o menino Eduardo Jesus de Ferreira, de 10 anos, foi morto no Alemão. A mãe do menino declarou ser capaz de reconhecer o policial que teria tirado a vida de seu filho. Segundo ela, Eduardo foi baleado por um PM na favela. A Polícia Militar, no entanto, afirma que ele foi atingido em confronto entre agentes e traficantes.

O caso levou o comando-geral da PM a determinar que todos os policiais de UPPs sejam submetidos a avaliações psicológicas. Especialistas em segurança pública ressaltaram que essa medida deveria ter sido tomada há muito tempo e que os PMs devem estar preparados para enfrentar situações de tensão que são inerentes ao seu trabalho.

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