Audiência sobre a morte de Adel Rutz é suspensa

Audiência do processo que investiga a morte do ex-prefeito de Rio Branco do Sul, região metropolitana de Curitiba, Adel Rutz, deveria ter ocorrido nesta terça-feira (7) foi suspensa. A defesa dos acusados de planejar e executar o crime solicitou à juíza Adriana Benini que seja realizado o saneamento do processo. Assim, as doze testemunhas que seriam ouvidas foram dispensadas. Uma nova audiência deve ser marcada para daqui a cinco dias.

De acordo com o criminalista Elias Mattar Assad, que defende Josiane Rutz, ex-mulher do prefeito acusada de ser mandante do crime, e o tio dela, Leônides Geffer, preso nesta segunda-feira (6) em Operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o processo tem uma série de problemas. "O processo tem de ser saneado. Isso significa que precisamos de uma acusação líquida e certa. Não temos isso, porque o Ministério Público está fazendo investigações paralelas e isso fere o princípio de unicidade do processo", argumenta.

Assad solicitou à juíza que o processo seja revisado e que o Ministério Público remeta todas as informações sobre o processo ao Fórum de Rio Branco do Sul e indicou a liberação dos presos temporários, defendendo que as prisões não têm objetivo prático.

Ainda de acordo com o advogado, a juíza suspendeu a audiência por cinco dias para organizar e resolver possíveis pendências do processo. Caso a magistrada não acate as solicitações, a defesa vai solicitar a suspensão da ordem de prisão para Geffer, por meio de pedido de habeas corpus.

O crime

Adel Rutz foi assassinado no dia 1º de março, na Rua Domingos Faria, no Centro de Rio Branco do Sul. Uma moto preta com dois homens cercou o prefeito, que foi atingido por cinco tiros. De acordo com a polícia, um carro dava cobertura aos assassinos. Poucos dias depois do crime, a mulher de Rutz, Josiane Portes Rutz, foi presa, acusada de ser a mandante do crime. O casal estava separado há poucas semanas antes de o assassinato ocorrer.