Ministra Carmen Lúcia acompanhou a divergência aberta por Marco Aurélio Melo no julgamento sobre a possibilidade de reeleição nas mesas diretoras do Congresso.
A ministra Cármen Lúcia, do STF: possível participação de Gordon em conduta “gravíssima”.| Foto: STF

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a quebra de sigilo fiscal do escritor e antropólogo Flávio Gordon, determinada pela CPI da Covid-19. Em resposta a um mandado de segurança ajuizado pela defesa de Gordon, a ministra, no entanto, ressaltou que o acesso aos dados deve ser restrito aos senadores da CPI.

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Em 19 de agosto, os integrantes da comissão aprovaram pedidos de investigação ou quebra de sigilo fiscal e financeiro de diversos influenciadores de direita sob alegação de disseminação de fake news. Flávio Gordon foi acusado de questionar medidas de combate à Covid-19, como o distanciamento social e a obrigatoriedade da vacinação, por meio do passaporte sanitário.

Quanto ao conteúdo das suas manifestações, em sua defesa, Gordon alegou que teria apenas exercido seu direito à livre opinião. Os advogados do escritor argumentaram ainda que as informações obtidas por meio da quebra de sigilo fiscal não teriam relação com o objeto de investigação da CPI. Cármen, mesmo assim, acredita que a medida é necessária para apurar a possível participação de Gordon na "disseminação de notícias falsas, conduta gravíssima, mais ainda em período pandêmico, no qual a vida das pessoas depende de informações corretas e que se conjuga com o objeto da CPI".

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