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| Foto: Glyn Kirk/AFP

A contagem de votos do histórico referendo britânico sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia começou nesta quinta-feira às 21 horas (18 horas de Brasília), após o fechamento das seções eleitorais.

A consulta, com enormes consequências para o Reino Unido e o restante da UE, teve 46,5 milhões de eleitores. Os resultados poderão ser conhecidos na madrugada de sexta-feira (24).

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Apesar disso, uma pesquisa de opinião dá vantagem ao campo do ‘sim’ à UE, o que significa que a maioria pode ter respondido afirmativamente à pergunta impressa na cédula: “Deve o Reino Unido permanecer como membro da União Europeia ou deve abandonar a União Europeia?

O levantamento atribuiu um resultado de 52% de votos a favor da permanência do Reino Unido na União Europeia contra 48% pela saída do bloco, informou a organização YouGov, no encerramento do histórico referendo britânico desta quinta-feira.

“Os resultados são apertados e é cedo demais para dá-los como definitivos. Mas estes resultados, somados às tendências recentes e a históricos precedentes, sugerem uma vitória da permanência” na UE, explicou a entidade em um comunicado.

Um dia de cão para votar

O dia foi histórico para toda Europa, mas o clima foi miseravelmente inglês: nesta quinta-feira, dia do referendo sobre a permanência ou não na UE, os londrinos tiveram que enfrentar chuvas torrenciais para poder votar. As precipitações na capital britânica e no sudeste da Inglaterra e o caos que os transportes públicos causaram deixavam qualquer um irritado com a festa da democracia.

Se, meteorologicamente falando, Londres é como as Bahamas se comparada com a Escócia, nesta quinta, a capital britânica parecia Glasgow, assim como todo o sudeste da Inglaterra, e, milagrosamente, Glasgow parecia Barcelona.

Oito das 15 linhas de metrô contavam com atrasos ou estavam suspensas no horário do rush da manhã, além de alguns centros eleitorais estarem inundados.

O líder pró-Brexit, Nigel Farage, esfregava as mãos. “Tudo depende da participação e de que esses molengas pró-UE fiquem em casa”, afirmou em declarações à agência Press Association.

Farage tinha em mente todas as análises que coincidem com o segmento mais preguiçoso ou ocupado demais para votar, os jovens, e mais propensos à UE, enquanto os anciãos, com todo o tempo do mundo para esperar que o tempo melhore, desejam romper com Bruxelas.

“Operação Sedução”

Enquanto os britânicos votavam no referendo Brexit, alguns europeus participaram, de última hora, de uma campanha criativa para fazer com que eles não saiam do bloco econômico. Batizada de “Operação Sedução”, as táticas vão do final da Copa de 1966 à entrega gratuita de croissants. Veja algumas das “ofertas”:

Sedução alemã

O tabloide alemão Bild, o mais lido do país, prometeu, nesta quinta-feira que vai reconhecer, finalmente, o “gol de Wembley”, da Copa do Mundo de 1966. Durante a prorrogação da final entre Inglaterra e Alemanha Ocidental, atacante Geoffrey Hurst fez um chute que bateu na trave e na linha do gol. Os alemães disseram que a bola não entrou, mas o juiz o validou, deixando a Inglaterra em vantagem de 3 a 2. Depos os ingleses fizeram outro gol, vencendo o mundial por 4 a 2. Até hoje, os alemães consideram que a bola não havia superado a linha de gol.

Além da medida, os alemães prometeram parar de fazer piadas sobre o tamanho das orelhas do príncipe Charles, que vão para de utilizar filtros olares em solidariedade às queimaduras solares dos britânicos, que jogarma sem goleiro na próxima disputa de pênaltis contra a seleção inglesa e que oferecerão um vilão para o próximo filme de James Bond.

Sedução francesa

Alguns voluntários franceses se prontificaram a distribuir croissants, feitos em Paris, na estação de trem King’s Cross, em Londres. Porém, a Operação Croissant desandou quando policiais a polícia britânica interveio, dizendo que a lei proíbe que os militantes distribuíssem alimentos durante a campanha eleitoral, visto que isso poderia influir na votação. No lugar ods doces, eles entregaram cartões com mensagens escritas à mãos por cidadãos franceses. “A única coisa que nós, franceses, não fazemos greve é de amor”, disse Marie, uma parisiense de 15 anos.

“Não se vá...”

A revista alemã Der Spiegel fez um pronunciamento bilingue ao Reino Unido para quele permaneça na UE. Sobre uma bandeira britânica, a publicação escreveu “Bitte geht nicht”, que em alemão, quer dizer “Por favor não vá!”. O tabloide polonês Fakt se uniu ao brado e lançou e msua página, nesta, quinta, “Britons! Stay with us” (Britânicos! Fiquem conosco).

Exemplos luminosos

Alguns monumentos da Europa apareceram iluminados com as cores da bandeira britânica: vermelho, branco e azul. Entre eles, estão o complexo cultural Bairro dos Museus de Viena, na Áustria, o edifício polonês Palácio da Cultura e Ciência, de Varsóvia, e o Ayuntamiento de Madrid, na Espanha. Em Florença, na Itália, uma réplica do Davi de Michelângelo, envolto em uma bandeira do Reino Unido, apareceu no lugar de onde ficava a estátua original.

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