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Foi dada a largada, a campanha eleitoral municipal começou para valer. Com novas regras e o tempo muito curto para os partidos tentarem convencer a maioria dos eleitores a não votar no candidato que, conforme o humor das ruas, deve ser o campeão das urnas: Professor Nulovski.

“Os eleitores captaram a minha mensagem e com certeza vão pescar, viajar ou anular o voto!” – assegura Nulovski, o adversário dos mais bem fornidos candidatos a prefeito de Curitiba: Rafael Greca (da Frente Ampla do Île de France); Gustavo Fruet (coligação Esquerda Bike, Liberais da Marcha Lenta e o PT Danoninho); Ney Leprevost (Centrão do Bar da Brahma com ala jovem do PCdoB); Maria Victória (da coligação Família Unida Jamais Será Vencida); Requião Filho (Movimento Bolivariano Mamonas do Mesmo Saco); e Tadeu Veneri (Campo Majoritário Subtração e Soma).

Professor Nulovski, defensor da tese de que o voto nulo é um legítimo instrumento de protesto, nasceu no extinto bairro curitibano do Estribo Ahú e começou sua vida pública numa sinecura federal

Professor Nulovski, defensor da tese de que o voto nulo é um legítimo instrumento de protesto, nasceu no extinto bairro curitibano do Estribo Ahú e começou sua vida pública numa sinecura federal, ganhando o suficiente para manter os seus inúmeros vícios noturnos. Sinuca, principalmente. Foi na Nova República que ele despertou para a política, mais exatamente durante o Plano Cruzado, implantado em 1986 pelo presidente José Sarney. Nas intermináveis filas dos açougues como “Fiscal do Sarney”, chegou a ser aplaudido numa feira livre ao mandar prender um português por falta de azeitona na empadinha. O Plano Cruzado não deu certo, mas a carreira de Nulovski decolou: “Chega de botar azeitonas nas empadinhas dos outros. Vou tratar de botar nas minhas”. Depois, é claro, de inúmeras negociações dentro e fora da base governista: 10% de um, 20% de outro, mais uma comissão aqui, outra acolá para as despesas com santinhos, tudo em nome da moralização da vida pública.

Militante da esquerda funcionária, Professor Nulovski tem sua plataforma política radicalmente estampada nas bandeiras demagógicas: farta distribuição de cestas básicas no Natal e tudo pelo alpinismo social. “A nível de” marketing, são dez os pontos de seu programa de governo Nota 10: 1) A nível de transparência, vidro fumê nas repartições públicas. 2) A nível de competência, o Estado precisa ser administrado como se fosse um Todo. Ou seja: Deus, o Todo Poderoso. 3) A nível econômico, Ordem e Progresso. 4) A nível do ensino fundamental, pelo sonho na merenda escolar. 5) A nível de ensino universitário, tradição, família (vai bem?) e propriedade. 6) A nível de segurança no trânsito, são muitos os companheiros avançando o sinal da propina. Dez por cento é bem razoável. 7) A nível de empoderamento, toda força para o futebol feminino. 8) A nível de segurança pública, toque de recolher nos bairros da periferia. 9) A nível de saúde publica, saudações atleticanas, coxas e paranistas. 10) A nível de conscientização política, a luta continua: não vote nulo, vote Nulovski!

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