Uma semana depois do registro da morte, o corpo de Jhonatan Souza Alto, 17 anos, foi sepultado nesta sexta-feira (15), em São Carlos, interior de São Paulo. Após um equivoco no reconhecimento do cadáver, no Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba, um outro corpo havia sido enviado à família do jovem e entrado erroneamente no interior paulista.
De acordo com informações da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), o cadáver que havia sido sepultado em São Carlos como sendo o de Souza Alto foi enviado de volta ao IML de Curitiba.
Um inquérito policial foi instaurado para apurar responsabilidades no caso da "troca" de corpos. Segundo o delegado Itiro Hashitani, houve falha tanto dos funcionários do IML que forneceram o corpo errado para identificação, quanto dos familiares que reconheceram o cadáver como sendo o Souza Alto.
O caso
Souza Alto morreu na madrugada de 8 de abril, dentro de casa, no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC). O cadáver deu entrada no IML às 13 horas daquele dia e passou por necropsia. No dia 9 de abril, familiares foram ao instituto e fizeram o reconhecimento de um corpo, que, posteriormente, foi encaminhado a São Carlos, onde vivem familiares da vítima.
Entretanto, no sepultamento a família suspeitou que o corpo enviado não fosse o de Souza Alto. Mesmo assim, o enterro acabou ocorrendo. No dia 11 de abril, os familiares reclamaram o equívoco e a Sesp instaurou o inquérito policial.
Mãe é acusada de ter provocado a morteA mãe do adolescente, Maria Marciana de Souza, foi presa em flagrante, na noite de sexta-feira, acusada de ter provocado a morte de Alto. Segundo o delegado Maurílio Alves, da Delegacia de Homicídios (DH), inicialmente a mulher alegou que o filho tinha morrido em decorrência de coma alcoólica. Um laudo preliminar do IML, no entanto, apontou que óbito ocorreu por asfixia mecânica e que havia sinais de agressão no corpo do jovem.
Na noite de 7 de abril, Maria Marciana teria sido chamada pela pedagoga da escola em que Souza Alto estudava. A mãe foi acionada para recolher o filho, que teria ido alcoolizado ao colégio. Segundo a polícia, para forçar o adolescente a apontar com quem havia bebido, ela acabou trocando agressões com o rapaz. "Ela confessou que usou uma ripa de madeira para bater no filho. O material foi, inclusive, apreendido e será periciado", disse o delegado.
A polícia aguarda a conclusão de laudos complementares que estão sendo realizados pelo IML. "Como bater no filho com um pedaço de pau não é método de educar ninguém, eu indiciei a mulher por homicídio doloso [quando há intenção de matar]", explicou Alves.
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